Acordo entre varejista e governo incentiva consumo de pescado

Leia em 2min

Com a sustentabilidade da cadeia produtiva, objetivo é aumentar o mercado

 

A proposta de ampliar a oferta de pescado para os consumidores, que hoje émuito baixa, foi anunciada hoje pelo ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, por meio de um acordo com a rede de supermercados Walmart. A ideia é diminuir a  intermediação e facilitar a venda do produto identificando as cooperativas e colaborando com o processo de negociação. A produção brasileira de pescados é de cerca de 1,1 milhão de toneladas por ano. Estima-se, no entanto, que o potencial chegue a 1,4milhão de toneladas a partir de 2011, desde que explorado por meio de manejo rigoroso. Enquanto a pesca representa 70% deste total, a criação de peixes participa com 30%, e segundo ele, é onde o potencial é maior. “Nós estamos apostando neste mercado, que cresce a cada ano e deve dobrar em 2011”, disse o ministro.

 

Ele deu como exemplo a pesca nos reservatórios de hidrelétricas, como do Castanhão, no Ceará, e Ilha Solteira. Anunciou também a recuperação dos estoques de sardinhas, que haviam quase desaparecido há dez anos, e chegou a 100 mil toneladas em vendas no ano passado. O presidente do Walmart Brasil, Hector Nunez, anunciou o compromisso da rede de ampliar a oferta de pescados  artesanais edaAmazônia.Avarejista lançou um programa de identificação da origem e localidade da produção dos fornecedores até 2013 e de um sistema de rastreabilidade para 100% da cadeia de pescados produzidos ou explorados no território brasileiro até 2016. “Estamos engajados em construir uma cadeia do pescado mais sustentável, buscando iniciativas quemobilizem empresas, governo e sociedade”, afirmou.

 

A Walmart também anunciou o programaQualidade Selecionada, Origem Garantida, que permite ao cliente acompanhar no site da empresa todo o processo da cadeia produtiva de itens de agricultura pormeio deumcódigo de barras disponível nas embalagens. Com isso, o consumidor pode saber a procedência dos alimentos e o caminho percorrido por eles. Oprimeiro produto a fazer parte desse projeto é a carne damarca própria Campeiro, com seis cortes diferentes. “Por conta de todo o desafio da pecuária em relação ao desmatamento da Amazônia, a carne é o primeiro item desse programa”, disse Nunez. “Até o fim do ano, deveremos monitorar todos os produtos de hortifrúti.”

 

Veículo: Brasil Econômico


Veja também

Frigoríficos: JBS e Cremonini travam 'guerra da bresaola'

Por trás da recente disputa entre a brasileira JBS e o grupo italiano Cremonini, seu sócio na Inalca JBS, ...

Veja mais
Falta de bois leva JBS a dar férias coletivas

A oferta escassa de bois no mercado levou o Grupo JBS a dar férias coletivas de 30 dias nas unidades de Aná...

Veja mais
Crusoe Foods quer tirar a sardinha da Coqueiro

Fabricante espanhola de pescados em conserva investe R$ 50 milhões no Brasil   O paulistano Sidnei Rosa, 5...

Veja mais
Para socorrer frigoríficos médios, governo estuda patrocinar fusões

Estimativa é que 15 indústrias precisariam de R$ 2,5 bilhões para se reerguer    O gover...

Veja mais
Concorrente de peso nos pescados

É tempo de aumento da concorrência no mercado brasileiro de pescados em conserva. Dominado pelas marcas Coq...

Veja mais
Embarque brasileiro de gado em pé deve subir mais de 20%

A exportação brasileira de gado em pé (gado para engorda) pode superar a estimativa do Departamento...

Veja mais
Crusoe Foods abrirá em Rio Grande uma indústria de pescados

Companhia espanhola controlada pela Jealsa-Rianxeira vai operar no Estado em parceria com a Leal Santos   Dona de...

Veja mais
Carne bovina valorizada puxa cotação e consumo de frango

Com as recentes altas nos preços da carne bovina, o frango ganha mais espaço no mercado. Segundo Alex Sant...

Veja mais
Regra da Receita acirra rixa entre frigoríficos

Benefício concedido a exportadores poderá ampliar o fosso entre os grandes e os médios grupos &nbs...

Veja mais