Duas operações envolvendo frigoríficos serão julgadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) amanhã. Uma é da Marfrig e está sob a relatoria do conselheiro Olavo Chinaglia. A outra é da JBS, que está sendo conduzida pelo conselheiro Ricardo Ruiz. Nos dois casos, a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda emitiu parecer favorável à aprovação do negócio, o que foi acompanhado da Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça.
Um dos negócios é o arrendamento por parte da Marfrig de seis plantas industriais de abate de bovinos da Magna Administração e Participações em atividades de desossa de carcaças, produção e embalagem de abate de bovinos, de cortes especiais e de embutidos e industrialização de subprodutos de origem animal. As unidades estão localizadas em Rio Verde (GO), Paranaíba (MS), Rolin de Moura (RO), Ariquemes (RO), Mãe do Rio (PA) e Paranavaí (PR).
Os protocolos de intenção da operação foram fechados em setembro passado. A efetivação do negócio está sujeita à homologação do plano de recuperação judicial bem como dos contratos definitivos, que incluem o contrato de cessão de uso da marca "Bom Charque".
O outro processo é a constituição de uma joint venture entre o JBS e a Link Snacks para a produção de alimentos à base de carne bovina. Cada uma das partes terá 50% na participação da holding, que seguirá as leis do Estado de Delaware, nos Estados Unidos.
Essa holding controlará uma empresa operacional que será criada no Brasil. Caberá à JBS fornecer insumos à nova companhia, além de estrutura e equipamentos. Todo o produto será vendido exclusivamente para a Link Snacks.
A avaliação da SDE e da Seae é a de que a nova holding não alterará o ambiente concorrencial de fornecimento de carne bovina no País.
Também está na pauta do Cade a aquisição, pela Votorantim Celulose e Papel, da Aracruz Celulose. A SDE e a Seae recomendam a aprovação sem restrições. O órgão ainda deve analisar a aquisição pela Shell da totalidade das ações da subsidiária Cosan (Jacta Participações S.A.), responsável pelo negócio de suprimento de combustíveis de aviação. A Seae e a SDE recomendam aprovação com restrições. O contrato entre Monsanto e Syngenta para fornecimento de defensivos também está na pauta. Os produtos serão usados pela Monsanto para o tratamento de sementes de milho e algodão e tem pareceres por aprovação sem restrição.
Duas operações que envolvem frigoríficos serão julgadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) amanhã. Uma é da Marfrig e a outra é da JBS.
Veículo: DCI