Uma das metas do governo estadual é atrair indústrias para agregar valor à pecuária.
O comércio de boi em pé continua em franca expansão no Estado em função de Minas Gerais continuar suprindo parte da demanda do mercado paulista por carne bovina destinada à exportação. De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues, esse tipo de negócio não chega a afetar a balança comercial mineira, já que se trata de comercialização de animais excedentes.
De acordo com o secretário, um ponto positivo para o Estado é a expansão do parque industrial de processamento de carne, que gera a possibilidade de um maior volume de abate em Minas Gerais. "Um dos fatos que prende o comércio mineiro é o custo de produção que ainda é uma ameaça e que precisa ser contida. As compras não estão muito aquecidas e, caso os custos não achatem mais a renda, o produtor ainda consegue sobreviver com a atividade", salientou.
Uma das metas do governo estadual, segundo o secretário, é atrair indústrias para Minas, mesmo sabendo que muitas delas transportam parte do que é produzido no Estado para ser exportada através de outras localidades. "O produto tem que ser embarcado, uma vez que as empresas contam com diversas unidades em pontos variados do país visando suprir a demanda e descentralizar a produção. Para que isso ocorra, existe a necessidade de reunir um volume adequado de carne para, a partir desse momento, realizar as exportações para outros países, via território mineiro", explicou.
Normal - De acordo com Viana, a saída da carne mineira através de vendas internas para outros estados visando a exportação é considerada uma prática comercial normal. "Se as empresas que contam com plantas em Minas não fizessem transportes para outras unidades, os embarques para o exterior não seriam possíveis. Trata-se de um procedimento comercial válido mas, não nos agrada muito uma vez que o Estado, acaba perdendo nas estatísticas de exportação", enfatizou.
Para Viana Rodrigues, essa prática é comum no Estado em função de sua localização central. "Esse mercado de comercialização de boi em pé mantém-se firme e tudo dependerá da reação do comércio em função do desenho de recessão que assombra o mundo. Quando a distribuição de riqueza diminuir, os supérfluos serão cortados mas, a demanda pelos produtos essenciais deverão se manter, como no caso da carne bovina", salientou.
Veículo: Diário do Comércio - MG