Minas é "exportador" de boi em pé

Leia em 2min 10s

Uma das metas do governo estadual é atrair indústrias para agregar valor à pecuária.

 

O comércio de boi em pé continua em franca expansão no Estado em função de Minas Gerais continuar suprindo parte da demanda do mercado paulista por carne bovina destinada à exportação. De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues, esse tipo de negócio não chega a afetar a balança comercial mineira, já que se trata de comercialização de animais excedentes.

 

De acordo com o secretário, um ponto positivo para o Estado é a expansão do parque industrial de processamento de carne, que gera a possibilidade de um maior volume de abate em Minas Gerais. "Um dos fatos que prende o comércio mineiro é o custo de produção que ainda é uma ameaça e que precisa ser contida. As compras não estão muito aquecidas e, caso os custos não achatem mais a renda, o produtor ainda consegue sobreviver com a atividade", salientou.

 

Uma das metas do governo estadual, segundo o secretário, é atrair indústrias para Minas, mesmo sabendo que muitas delas transportam parte do que é produzido no Estado para ser exportada através de outras localidades. "O produto tem que ser embarcado, uma vez que as empresas contam com diversas unidades em pontos variados do país visando suprir a demanda e descentralizar a produção. Para que isso ocorra, existe a necessidade de reunir um volume adequado de carne para, a partir desse momento, realizar as exportações para outros países, via território mineiro", explicou.

 

Normal - De acordo com Viana, a saída da carne mineira através de vendas internas para outros estados visando a exportação é considerada uma prática comercial normal. "Se as empresas que contam com plantas em Minas não fizessem transportes para outras unidades, os embarques para o exterior não seriam possíveis. Trata-se de um procedimento comercial válido mas, não nos agrada muito uma vez que o Estado, acaba perdendo nas estatísticas de exportação", enfatizou.

 

Para Viana Rodrigues, essa prática é comum no Estado em função de sua localização central. "Esse mercado de comercialização de boi em pé mantém-se firme e tudo dependerá da reação do comércio em função do desenho de recessão que assombra o mundo. Quando a distribuição de riqueza diminuir, os supérfluos serão cortados mas, a demanda pelos produtos essenciais deverão se manter, como no caso da carne bovina", salientou.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


Veja também

Bacalhau já está mais caro em BH

Produtos importados como bacalhau, frutas secas, amêndoas e castanhas, presentes na mesa do consumidor no final do...

Veja mais
JBS-Friboi diz que irá se defender do processo nos Estados Unidos

A JBS S.A. anunciou ontem que está ciente que o Departamento de Justiça (DOJ) arquivou a queixa na Corte d...

Veja mais
Valor dos contratos pode cair até 20%

Em meio à turbulência nos mercados, importadores devem pressionar seus fornecedores para baixar o valor dos...

Veja mais
Frigoríficos serão treinados para fazer 'abate humanitário'

Os frigoríficos brasileiros vão receber treinamento para evitar maus-tratos aos animais de corte. Como se ...

Veja mais
Aurora, de SC, adia investimentos de R$ 871 milhões

A Coopercentral Aurora, central de cooperativas sediada em Chapecó (SC), informou ontem que, em virtude da crise ...

Veja mais
Crise adia R$ 1,1 bi em investimentos

Depois da Sadia, que adiou investimento de R$ 700 milhões na unidade de frangos em Mafra, agora é a Cooper...

Veja mais
Cooperativa Aurora suspende investimentos

A Cooperativa Central Oeste Catarinense Aurora (Coopercentral Aurora) anunciou a suspensão temporária de i...

Veja mais
Aquisição do Friboi nos EUA é questionada pela Justiça

Departamento de Justiça entra com ação para bloquear compra do frigorífico National Beef &...

Veja mais
Suspensas licenças de produtores de camarão no MA

A pedido do Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA), a Justiça Federal suspendeu as ...

Veja mais