Suinocultores querem revisão das dívidas com o governo federal

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A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e representantes da cadeia produtiva de suínos no Brasil apresentaram uma série de reivindicações visando à minimização das dificuldades que o setor suinocultor está enfrentando nos últimos meses. Entre elas, está a prorrogação das dívidas de empréstimos para investimentos e custeio e uma possível definição do preço mínimo da carne suína.

 

As solicitações foram feitas durante audiência com o Ministro da Agricultura, Wagner Rossi. O encontro contou com a participação de presidentes das associações de criadores de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, além da presença de deputados federais engajados no setor.

 

Entre as reivindicações, está a prorrogação de dívidas de empréstimos de investimento e custeio na área da suinocultura. Aqui, Rossi pretende buscar um direcionamento com o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt. "Nosso primeiro passo é acessar o Secretário com essa reivindicação, e, num segundo encontro, levá-las ao ministro da Fazenda, Guido Mantega."

 

Outra proposta que está sendo analisada pelo Ministério da Agricultura é a possibilidade da diminuição dos preços de varejo da carne suína, que mesmo com os baixos valores de venda para os produtores, se encontram em índices muito altos para o consumidor, diminuindo o consumo desta em relação às outras carnes e agravando a situação dos suinocultores. "Apresentaremos essas justificativas à Associação Brasileira de Supermercados [Abras], e com certeza teremos um posicionamento favorável aos produtores", disse o ministro.

 

Já em relação à disponibilidade do Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) e do Valor de Escoamento de Produto para aquisição de milho dos Estoques Públicos (VEP), para o setor de suínos, o ministro foi taxativo. "Aqui precisaremos intervir diretamente junto à Conab", disse, já solicitando uma audiência com o presidente da entidade, Evangevaldo Moreira dos Santos.

 

Durante o encontro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) se comprometeu a ampliar a disponibilidade para venda de milho a balcão no Rio Grande do Sul, no Paraná e em Santa Catarina, liberando a compra de 54 toneladas por produtor por cerca de 3 meses. A medida atende parte da demanda de pequenos e médios suinocultores independentes. Segundo Rogério Colombini, diretor de Operações e Abastecimento da Conab, falta acertar preço, que deverá atender às necessidades dos produtores. O presidente da Acsurs, Valdecir Folador, avalia que a medida é importante para ajudar a suprir a demanda de milho.

 

Veículo: DCI


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