Os preços da carne e dos itens alimentícios em geral tiveram redução em junho na cidade de São Paulo, de acordo com o Índice de Preços no Varejo (IPV), divulgado ontem pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio). O IPV caiu 0,34% em junho em relação a maio, o que reduziu a alta acumulada do ano para 6,77%.
O destaque da pesquisa foi o preço das carnes nos açougues, que caiu, em média, 2,9% na comparação de junho com maio. No ano, esse segmento já acumula queda de 9,49%. O recuo desses preços em açougues de São Paulo na comparação mensal foi puxado por aves (-9,49%) além de suínos (-2,83%) e bovinos (-1,59%).
Nos supermercados, o recuo verificado no preço das carnes no período foi puxado por aves (-8,66%), suínos (-0,38%) e bovinos (-1,01%). Segundo avaliação da Fecomercio, as restrições sanitárias impostas às exportações do Brasil para mercados como Rússia e África do Sul contribuíram para aumentar a oferta e baixar o preço no mercado interno.
Além da carne, os preços de alimentos nas feiras livres de São Paulo caíram, em média, 2,39% em junho ante maio – a quarta queda mensal consecutiva. Apesar do resultado, o segmento ainda acumula alta de 4,5% em 2011. Na comparação mensal, o preço das verduras apresentou a maior variação, recuando 7,28% em relação a maio. Os preços de frutas, tubérculos e ovos ficaram, respectivamente, 3,32%, 3,05% e 2,15% menores.
Já nos supermercados paulistanos, o recuo nos preços foi menos intenso. Em junho ante maio, eles caíram somente 0,4%. Frutas e tubérculos mostraram as maiores baixas, de 8,15% e 6,58%, respectivamente. O preço das verduras caiu 1,4% e o dos ovos, 0,6%.
Bens duráveis – Segundo a pesquisa, os preços de eletrodomésticos (-0,3%) e de eletroeletrônicos (-0,36%) diminuíram na comparação com o mês anterior. Os eletrodomésticos tiveram a quarta queda consecutiva, acumulando retração de 1,82% em 2011. Os produtos que mais influenciaram o resultado do grupo foram os da linha branca, que já vêm de uma sequência de cinco retrações seguidas. Em junho, cederam mais 0,36%.
Os preços de móveis e decoração também apresentaram variação negativa em junho, ficando, em média, 0,23% mais baixos que no mês anterior. Mas o segmento ainda apresenta alta de 2,61% em 2011.
Por fim, após 11 meses consecutivos de aumento de preços, o setor de combustíveis e lubrificantes apresentou retração de 4,6% na comparação entre maio e junho. Apesar do resultado, o setor ainda acumula alta de 6,77% em 2011. Na avaliação da Fecomercio, o recuo se deve ao início da safra de cana-de-açúcar.
Os dados da pesquisa foram coletados junto a cerca de 2 mil estabelecimentos comerciais na capital paulista, com 21 segmentos varejistas e 450 subitens pesquisados.
Veículo: Diário do Comércio - SP