Carne de confinamento está no mercado

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A carne de bovinos submetidos a confinamento começa a chegar ao mercado neste mês. Mas a produção por meio desse sistema, em Minas Gerais, prossegue até dezembro para garantir a oferta da carne de 200 mil animais durante o período de seca, segundo avaliação da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

 

Segundo José Alberto de Ávila Pires, coordenador estadual de Bovinocultura da Emater-MG, o sistema de confinamento, adotado em Minas há pelo menos 30 anos, substitui a estocagem de carne congelada, que era mantida pelo governo federal em décadas passadas, na entressafra do boi.

 

Conforme Pires, o número de bois confinados no Estado equivale a cerca de 7% do total registrado no país nas mesmas condições. Levantamento realizado pela Emater mostra que o custo da engorda do gado confinado em Minas, no período de 70 dias, foi de R$ 70 por arroba, enquanto a cotação do produto no mercado mineiro está próxima de R$ 100.

 

Pires observa que as vendas atuais ajudam na recomposição da renda do produtor diante da redução do preço da carne bovina. No primeiro trimestre, a cotação do produto no Estado alcançou R$ 100 e no segundo trimestre o preço caiu por causa da grande oferta de animais. O mercado, segundo ele, começou a mostrar recuperação com o início do período de frio e pastos secos, um cenário marcado pela menor oferta de carne.

 

O técnico ainda observa que os pecuaristas mineiros têm a expectativa de boas condições para prosseguir com a engorda dos bois, agora com a previsão de uma safra mineira de 6,4 milhões de toneladas de milho, volume cerca de 6% superior ao registrado no ano passado. Pires enfatiza que o grão responde por 80% da composição da ração para o gado confinado.

 

Minas Gerais, segundo maior rebanho bovino do país, atrás do Mato Grosso, tem 22,4 milhões de cabeças ou 10,9% do total brasileiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa para este ano é de uma produção de 1 milhão de toneladas de carne bovina no Estado, em função do abate anual de 20% do rebanho.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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