As exportações brasileiras de carne de frango no período julho-setembro fecharam em queda de 7,2% no volume, com embarques de 970.306 toneladas, e de alta de 10,2% na receita cambial, que somou US$ 2,039 bilhões. Os números foram anunciados hoje pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef), tendo por base um levantamento preliminar do desempenho em setembro.
O resultado reflete uma combinação de dois fatores perversos para as exportações do setor, principalmente por conta de aumento de custos e da valorização do real frente ao dólar - as cotações da moeda norte-americana passaram a ter elevação apenas em outubro. "O terceiro trimestre representou um ápice de acontecimentos ruins para o setor", destacou o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra.
Ao aumento de custos e às baixas cotações do dólar se somaram, segundo Turra, problemas nos embarques para dois dos principais mercados da carne de frango brasileira.
"Tivemos o problema do embargo aplicado pelo governo russo, que suspendeu as importações de vários de nossos frigoríficos. Para completar, ocorreu uma redução nas encomendas da União Europeia, já como reflexo dos problemas que atingem alguns países do Velho Continente", acrescentou.
No acumulado de janeiro a setembro, as exportações de carne de frango somam 2,898 milhões de toneladas, crescimento de 1,66% sobre o mesmo período em 2010. "O último trimestre é historicamente aquecido para as exportações do setor, e este cenário será mais beneficiado pela valorização do dólar. Com isto, mantemos as projeções de encerrar 2011 com um crescimento entre 3% e 5% nos embarques", frisou.
Veículo: DCI