Os embarques de carne bovina in natura ao exterior cresceram 12,5% em setembro na comparação com agosto. O volume totalizou 74,2 mil toneladas (t) ante 65,9 mil t no mês anterior. Na comparação com setembro de 2010, no entanto, houve recuo de 3,5%, mostram dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), divulgados ontem. Em relação às demais carnes, o desempenho foi negativo. Os embarques de carne suína in natura somaram 35,1 mil toneladas, abaixo das 38,7 mil t de agosto e das 44,6 mil t de setembro do ano passado. Já as exportações de carne de frango somaram 277,7 mil toneladas, ante 318,2 mil t em agosto e 311,9 mil t em setembro de 2010.
Os preços das carnes exportadas pelo Brasil seguem mais altos do que em 2010. O valor médio da tonelada da carne de frango exportada em setembro foi de US$ 2.044, ante US$ 1.665 no ano passado. A carne suína teve preço médio de US$ 2.888/t contra US$ 2.558 e a carne bovina de US$ 5.269 ante US$ 4.169/t. Com exceção da carne bovina, houve valorização também na comparação com agosto. Naquele mês o Brasil exportou carne suína a um preço médio de US$ 2.808 a tonelada e carne de frango a US$ 1.855/t. Já a carne bovina embarcada em agosto tinha preço médio de US$ 5 272/t.
A receita com as vendas de carne ao exterior em setembro somou US$ 567,7 milhões no caso da carne de frango, US$ 390,8 milhões no caso da carne bovina e US$ 101,5 milhões na carne suína.
Destaque
Com base na produção de soja e de carne bovina, além de cana-de-açúcar, combustíveis renováveis, Brasil se mantém como potência do bloco econômico. Em abril deste ano, Dilma Rousseff foi à China, onde ficou uma semana. Foi o primeiro país fora do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) visitado pela presidente. Na ocasião, as conversas abordaram política internacional e investimentos. O Brasil, a Rússia, a China, a Índia e a África do Sul integram o bloco BRICS.
No BRICS, o Brasil ocupa a função de país exportador agropecuário com base na produção de soja e de carne bovina, além de cana-de-açúcar, combustíveis renováveis e ambientalmente sustentáveis - como o álcool e o biodiesel. A Rússia é o fornecedor de matérias-primas, como hidrocarbonetos. Mas também é o responsável pela exportação de mão de obra qualificada e de tecnologia, além de potência militar.
De janeiro a agosto deste ano, 14,27% (US$ 20,948 bilhões) das importações brasileiras vieram da China, país que está em segundo lugar no percentual importado pelo Brasil, perdendo apenas para os EUA (14,84%).
Veículo: DCI