Abate de suínos cresce 7,7% em Minas

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Enquanto diminuíram os abates de bovinos e de frangos, o de suínos teve aumento expressivo


O abate de suínos em Minas, ao longo do segundo trimestre deste ano, apresentou incremento de 7,7%, se comparado com igual período de 2010. No mesmo intervalo foi registrada queda de 18% no abate de bovinos e de 0,3% no de frangos. Os preços mais competitivos das carnes suínas, se comparadas com as bovinas, impulsionaram o consumo e alavancaram o volume de abates. Os dados são da Pesquisa Trimestral de Abate Animal e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o supervisor de Pesquisas Agropecuárias do IBGE em Minas, Humberto Silva Augusto, a tendência para o terceiro trimestre, devido ao tempo seco, é de manutenção dos resultados, já que a oferta de animais é menor. Os resultados negativos, tanto no abate de bovinos como no de frangos, deverão ser revertidos a partir de outubro, quando a demanda por carnes é alavancada pela aproximação do período de festas.

Em Minas, ao longo do segundo trimestre, foram abatidas 527,6 mil cabeças de bovinos, contra 643,1 mil no mesmo período de 2010, o que representa queda de 18%. Em relação ao peso das carcaças, foi observado recuo de 20,6%, alcançando 121,3 mil toneladas, contra 152,9 mil geradas no segundo trimestre de 2010. A queda no volume de abates tem como fatores a redução da demanda, devido à competitividade reduzida em relação às demais carnes, e a maior comercialização de animais vivos para serem abatidos em outros estados.

No país, ao longo do segundo trimestre de 2011 foram abatidas 7,065 milhões de cabeças de bovinos, representando queda de 0,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 7% em relação ao mesmo trimestre de 2010. No acumulado de 2011, a queda é de 3,5% em relação ao primeiro semestre de 2010.

A redução da capacidade de abate em Minas, devido a desativação de unidades nos últimos anos, é o principal fator que causou a queda dos resultados observados.

Segundo os dados do IBGE, no segundo trimestre de 2011 foram abatidos cerca de 1,024 milhão de suínos, contra 950,8 mil animais abatidos no mesmo período do ano passado. O volume de carcaças também aumentou, rendendo ao Estado 90,3 mil toneladas, contra 83 mil toneladas geradas em igual período do ano anterior, uma alta de 8,8%.

No país, o abate de suínos aumentou 5,3% frente ao volume abatido no primeiro trimestre de 2011, alcançando 8,615 milhões de unidades. O índice de crescimento no abate em Minas foi superior à média brasileira. Na comparação com o terceiro trimestre de 2010, a variação positiva no Brasil foi de 6,7%.

"Os preços mais competitivos em relação à carne bovina incentivaram a migração de consumo, já que eles se tornaram mais vantajosos para o consumidor. Outro fator que estimulou os abates de suíno em Minas foi a presença de indústrias processadoras, como Sadia e Saudali, que compram a produção das principais regiões produtoras como o Triângulo Mineiro, Zona da Mata e Alto Paranaíba",, diz Augusto.

No caso do frango, Minas praticamente manteve o volume abatido no segundo trimestre de 2010. Ao todo, foram 90,23 milhões de cabeças, contra as 90,5 milhões abatidas anteriormente, resultado 0,3% inferior. O peso das carcaças aumentou 6%, passando de 186 mil toneladas para 197 mil. A tendência é que o abate aumente no quarto trimestre do ano, período em que o consumo é alavancado pelas festas de final de ano.

De acordo com o IBGE, no país foram abatidos de 1,31 bilhão de frangos no segundo trimestre de 2011, o que resultou em variação positiva de 6% frente a igual período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre de 2011, o desempenho em relação ao volume abatido foi levemente superior, 0,2%.


Leite - Durante o segundo trimestre, Minas foi o estado brasileiro com a maior aquisição de leite, 26,2% do total. Ao todo foram adquiridos 1,318 milhão de litros de leite cru, queda de 3,1% sobre os 1,359 milhão de litros comercializados em igual período do ano anterior. O volume de leite industrializado foi de 1,314 milhão de litros, frente aos 1,346 milhões registrados em igual intervalo de 2010, uma queda de 2,4%.

No país, a aquisição de leite feita pelos estabelecimentos industriais que
atuam sob algum tipo de inspeção sanitária, seja ela federal, estadual ou municipal, e apurada pela Pesquisa Trimestral do Leite foi de 5,034 bilhões de litros. Em termos percentuais, registrou-se aumento de aquisição de 2,6%, relativamente ao segundo trimestre de 2010.

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço médio do leite nas regiões produtoras foi de R$0,86 o litro em junho, para o produto entregue em maio. De acordo com o relatório do IBGE, os custos de produção do leite em 2011 estão em média 10% mais altos do que os do último ano, fator que pode em parte limitar a franca expansão da produção. O aumento se deve à elevação dos preços dos grãos e dos fertilizantes.


Veículo: Diário do Comércio - MG


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