Frigorífico aprofundou investimento na equipe e nas pesquisas que são ferramentas indispensáveis para tomada de decisões sobre arbitragem
Recorrer às informações produzidas diariamente pela equipe de gestão de riscos foi o que possibilitou ao Minerva — terceiro maior frigorífico do país, atrás apenas da JBS e do Marfrig—reverter o prejuízo amargado no segundo trimestre em lucro de R$ 15,4 milhões auferido de julho a setembro deste ano. “A melhora das operações e a gestão de risco contribuíram para o resultado, emumtrimestre significativamente melhor em relação aos anteriores. A gestão de risco, inclusive, está cada vez mais eficiente em antecipar os movimentos do mercado”, afirmou em comunicado Fernando Galletti de Queiroz, diretor-presidente do Minerva, na ocasião da divulgação dos resultados operacionais, na última sexta-feira.
Por trás da melhora no balanço, está uma equipe que produz diariamente relatórios sobre fornecimento e demanda dos produtos do Minerva e dos concorrentes. “A área foi formada há cinco anos, mas aprofundamos a sua importância em 2009”, afirma Edison Ticle, diretor financeiro do frigorífico. Segundo o executivo, todas as decisões estratégicas são tomadas com base nas informações traçadas pela equipe de gestão de riscos. “Temos vários cenários de como está o preço da carne e do boi no Brasil e no exterior, sobre a qualidade dos campos (se choveu ou não) e sobre os nossos concorrentes. A partir daí, avaliamos a nossa posição vendida ou comprada em relação à geografia — vale a pena se expor ou não a determinada região —, como nos posicionamos na curva futura do preço do boi e como montamos o long-short (manutenção simultânea de ações e seus derivativos) dos três principais tipos cortes no Brasil”, explica.
O câmbio é o único fator que demanda uma reunião específica mensal. No balanço do terceiro trimestre, a empresa afirmou que a política de hedge (proteção cambial) se mostrou “precisa e eficaz”, reduzindo os impactos da oscilação sobre o endividamento.
Veículo: Brasil Econômico