Costela bovina pode subir 15% em dezembro, prevê Agas

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A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) divulgará amanhã levantamento que aponta as expectativas do setor para as vendas de Natal e Ano-Novo. Uma das preocupações dos supermercadistas é com relação ao abastecimento de alguns cortes de carne, como a costela, que pode aumentar até 15% em dezembro. Segundo o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, a indústria já apresenta problemas nas entregas de costela bovina, o que deverá resultar em uma verdadeira corrida aos açougues dos supermercados nas últimas duas semanas de dezembro, quando a procura pelo corte mais apreciado pelos gaúchos sobe significativamente.

Para Longo, o corredor sanitário imposto desde abril pela Secretaria da Agricultura para a aquisição de carne com osso de outros estados não contribuirá para a manutenção do preço. "Com a falta do produto, a elevação no preço da costela poderá chegar a 15% no próximo mês, mesmo com o aumento da importação da costela uruguaia", projeta o dirigente.

Nos cortes nobres, como a picanha e o filé-mignon, o risco também é de um aumento no preço: os supermercados já absorveram uma elevação de 6% a 15% no preço pago aos frigoríficos nos últimos dias. "Há baixa oferta no centro do País e, como estamos na entressafra, o gado em confinamento que abastece o mercado está quase no fim. A exportação estava em alta no início do mês passado, mas já normalizou com a alta do dólar", explica Longo.

A indústria já está sentindo os efeitos dessa escassez de matéria-prima. Segundo Zilmar José Moussale, diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Estado (Sicadergs), o preço do boi aumento 7% nos últimos 15 dias, chegando a uma média de R$ 6,10 o quilo do animal vivo. No entanto, o dirigente lembra que a elevação é efeito da recuperação após uma superoferta que ocorreu em outubro. "Muitos criadores venderam animais para dar espaço para a plantação das lavouras de verão. Agora, com a redução do número de bovinos no pasto e a maior procura típica de final de ano, a tendência é o aumento do preço."


Veículo: Jornal do Comércio - RS


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