Apesar de "quebrada" pelo feriado de Corpus Christi, a semana passada para mercado brasileiro de frango vivo foi de recuperação nos preços. Segundo a avaliação do analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, essa valorização já era esperada, considerando o repique da demanda sazonal. No entanto, na última quarta-feira, o movimento foi fraco no mercado, normal para uma véspera de feriado, mas que serviu para arrefecer a alta dos preços.
Conforme ele, o setor seguiu com as mesmas características das últimas semanas. O nível de oferta continua dentro da normalidade, ao mesmo tempo em que os custos de produção se mantêm estáveis .
A análise indica que os preços do frango vivo tiveram variações para cima em quase todas as regiões do Brasil na comparação com a sexta-feira anterior, enquanto em outras o preço permaneceu estável. Em São Paulo, o quilo vivo passou de R$ 1,70 para R$ 1,75 e em Minas Gerais aumentou de R$ 1,80 para R$ 1,85.
O preço do frango vivo na integração catarinense permaneceu em R$ 1,73. O quilo foi vendido a R$ 1,74 na integração do Rio Grande do Sul, dois centavos a mais em relação ao valor praticado anteriormente. No Paraná, o quilo foi cotado a R$ 1,72 na integração (oeste do Estado), estável.
No Distrito Federal o quilo vivo acumulou valorização de cinco centavos ao longo da semana, passando de R$ 1,75 para R$ 1,80. Em Goiás o quilo vivo subiu para R$ 1,75, contra R$ 1,70, e em Mato Grosso do Sul subiu também de R$ 1,70 para R$ 1,75.
Em Pernambuco o quilo vivo passou de R$ 1,90 para R$ 2,00. No Ceará a cotação foi de R$ 1,95 ante R$ 1,85, enquanto no Pará subiu de R$ 1,95 para R$ 2,05.
Boi gordo - O mercado físico do boi gordo seguiu apresentando boa oferta. Segundo o analista de Safras & Mercado, são os resquícios do período de safra que acabam movimentando as negociações. Os preços seguem declinantes em grande parte do país, e a expectativa de melhora das cotações durante o período de virada de mês deve acabar não se confirmando, considerando o bom posicionamento das escalas de abate dos frigoríficos.
Diversas unidades frigoríficas buscam reduzir os seus estoques visando à valorização dos preços da carne. Para cumprir esse propósito, muitos deles, até mesmo os frigoríficos de menor porte, não atuaram no início de segunda-feira, também para definir a estratégia que será adotada durante toda a semana.
O diferencial de base entre os estados ainda propicia a atuação dos frigoríficos paulistas em outras regiões brasileiras, sobretudo no Centro-Oeste.
Apesar dos custos que envolvem essas operações, como ICMS e o frete propriamente dito, o spread entre os estados ainda faz com que a compra em outras regiões seja vantajosa. Esse tipo de estratégia interfere na formação de preços em todo o país.
A média semanal de preços entre os dias 4 a 6, em São Paulo, foi de R$ 92,66 a arroba, livre, a prazo. Em Mato Grosso do Sul, chegou a R$ 86,33. Já em Minas Gerais, a arroba esteve em R$ 86,00 a arroba, livre, a prazo, em Goiás ficou em R$ 85,00 e em Mato Grosso, a R$ 83,66.
No atacado, a média semanal ficou em R$ 4,60 no dianteiro e R$ 7,00 no traseiro.
Veículo: Diário do Comércio - MG