Carne é destinada ao cliente que ‘olha além do preço’; negociação está em curso com Carrefour
O grupo Marfrig, comandado por Marcos Molina, anunciou ontem que disponibilizará em cerca de 30 dias mais uma alternativa de carne bovina nas gôndolas. Há negociações em curso com o Carrefour, segundo James Cruden, presidente da divisão Marfrig Beef. A companhia anunciou ontem que sua unidade de abate localizada em Tangará da Serra (MT) está autorizada a produzir e comercializar, inclusive para fora do país, cortes que levarão um ‘selo verde da pecuária’.
Trata-se de vender um produto que teve o ciclo produtivo rastreado - desde a fazenda - com a chancela do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e da Rainforest Alliance. Os requisitos para a certificação foram estabelecidos pela Rede de Agricultura Sustentável (RAS), também internacional.
O certificado atesta 136 critérios sócio ambientais distintos em propriedades pecuárias e que envolvem desde a redução da emissão de gases do efeito estufa, à implementação de práticas de bem-estar animal e condições sociais com os funcionários e suas famílias. “Estamos negociando com algumas redes, o Carrefour é uma delas”, disse James Cruden, diretor da área. De acordo com o executivo, o público alvo é o mesmo que compra carne orgânica. “É um produto para o cliente que olha além do preço”. Cruden não disse qual será o reflexo para o caixa.
No início do ano, a Fazenda São Marcelo, também de Tangará da Serra, foi a primeira a receber o selo e será a fornecedora. Segundo o grupo, a Rainforest Alliance é uma das pioneiras na elaboração de protocolos para proteção florestal e foi criada há 25 anos nos EUA.
Veículo: Brasil Econômico