Em 2012, a indústria de alimentos apontou um crescimento de 6,5% no número de trabalhadores do setor, atingindo a marca de 1,7 milhão funcionários, conforme pesquisa inédita realizada pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins).
"Isso ocorreu em virtude da expansão de algumas empresas, como, por exemplo, os frigoríficos", explicou o presidente da CNTA Afins, Artur Bueno.
Segundo ele, a construção de unidades fabris dessas instituições em outros estados como, Pará e Rondônia, contribuiu com essa mudança. A indústria frigorífica também foi responsável pela criação de 502 mil postos de trabalho, no ano passado. Em 2011, esse número foi de 440 mil.
De acordo com o presidente da CNTA Afins, apesar de ocorrer uma variação salarial entre os estados, calcula-se que a renda dos funcionários de frigoríficos tenha aumentado 2%, mais a inflação.
Os profissionais que têm entre 30 e 35 anos ocupam a maioria dos cargos disponíveis nas indústrias de alimentos nacionais.
"A mão de obra disponível é qualificada. Muitos funcionários participam de cursos do Senai. O único problema que enfrentamos consiste na rotatividade de funcionários", disse Bueno.
Para ele, é necessário que as indústrias invistam nesse aspecto. Outro problema, diz respeito à baixa participação feminina nas empresas. As mulheres atingem apenas 72,4% da remuneração média masculina. "No setor administrativo, as mulheres conseguem igualar a faixa salarial dos homens, porém, o mesmo não acontece no setor de produção."
Veículo: DCI