Criadores mantêm boi no pasto para elevar preço

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Os frigoríficos ainda encontram grandes dificuldades para compor suas escalas de abate, sobretudo no interior paulista. Ao que tudo indica, esse quadro não deve se alterar até o fim desta semana. Por isso, os frigoríficos tendem a atuar de maneira mais agressiva.

Conforme o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o clima ainda proporciona a retenção do boi gordo nas pastagens, além disso, as chuvas comprometeram o embarque de boi gordo em vários estados. Nas regiões em que a logística não é tão complicada, os pecuaristas seguem reticentes em negociar o boi gordo, aguardando melhores oportunidades para concretizar o negócio.

Os frigoríficos de menor porte apresentam um quadro mais complicado. Devido às circunstâncias, os mesmos só conseguem negociar à vista, ou com prazo curto, pagando preços acima dos praticados no mercado interno. No Oeste de São Paulo, por exemplo, ocorreram negociações entre R$ 101 e R$ 102, livre à vista. Nessa região do Estado, as escalas de abate estão posicionadas entre um e dois dias úteis, evidenciando a dificuldade na composição das escalas de abate.

As indústrias que trabalham com escala de abate alongada entram em queda de braço com os pecuaristas de olho no mercado consumidor, que está bastante apático e sem tendência otimista para reação. Pecuaristas em observação miram nas indústrias que têm escala apertada e oferecem animais em pequenos lotes com finalidade de obter preços melhores pela arroba do animal, mas com possível estabilidade de preços.

A média semanal de preços (15 a 18/04) em São Paulo foi de R$ 100,38 livre, a prazo. Em Mato Grosso do Sul, preço a R$ 94,83. Em Minas Gerais, a arroba ficou em R$ 92,16, livre, a prazo. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 91,83. Em Mato Grosso, preço em R$ 89,88.

No atacado, a retração do consumidor é bastante acentuada e, nesse quadro, a oferta atende à demanda, e os negócios caminham, mas a passos lentos. Os preços, apesar de apresentarem estabilidade, com a oferta atendendo à demanda e baixo consumo, poderão recuar.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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