Após abril ruim, mercado tenta buscar recuperação

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Oferta elevada prejudicou negociações.

O mercado brasileiro de frango vivenciou em abril um dos piores desempenhos dos últimos meses e a aposta, para maio, é de um cenário um pouco mais animador. "O mercado esteve complicado no mês passado, devido à elevada oferta de frango vivo no mercado interno, visto que as integradoras disponibilizaram muitos excedentes de produção no mercado independente", explica o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Iglesias.

Nas exportações, a perspectiva para o fechamento de abril é de embarques próximos a 310 mil toneladas de carne de frango, volume que pode ser considerado fraco frente a outros períodos e que ajuda a elevar a oferta interna do produto. " preciso lembrar que até agora, a economia mundial não apresentou grandes sinais de melhoria, o que acaba dificultando as vendas brasileiras de carne de frango", avalia.

Iglesias projeta que neste mês de maio o desempenho do setor seja um pouco mais favorável, o que ajudaria a evitar um recuo ainda mais expressivo nas cotações. "Talvez o preço do quilo vivo ainda recue uns cinco centavos, mas depois ele tende a se estabilizar, devido ao efeito da virada de mês, com o repique de demanda, e à proximidade do Dia das Mães, que normalmente favorece a maior procura pelo produto", explica. "Somente a partir da segunda quinzena o mercado voltará a sentir uma pressão maior, devido ao tradicional recuo na procura", sinaliza.

A análise de Safras & Mercado indicou que o preço do frango vivo em São Paulo caiu de R$ 2,65 para R$ 1,80 entre o início e o final de abril, recuando de R$ 2,70 para R$ 1,90 em Minas Gerais. Ao longo de abril, na integração catarinense, a cotação desabou de R$ 2,90 para R$ 2,00, atingindo R$ 1,90 na integração do Rio Grande do Sul, contra R$ 2,95 no começo do mês passado. No Paraná, o quilo foi cotado a R$ 1,85 na integração (oeste do Estado), no último dia 30, aquém dos R$ 2,90 praticados no início de abril.

No Mato Grosso do Sul o preço passou de R$ 2,85 para R$ 1,80 o quilo vivo. No Distrito Federal o quilo vivo foi cotado a R$ 1,85, contra valor de R$ 2,90 no início do mês passado. Em Goiás o quilo vivo caiu de R$ 2,90 para R$ 1,85.

Em Pernambuco o quilo vivo caiu de R$ 3,35 para R$ 2,80 ao longo de abril. No Ceará a cotação do quilo vivo recuou de R$ 3,30 para R$ 3,20, enquanto no Pará o quilo vivo foi cotado a R$ 2,90, ante os R$ 3,50 praticados no início de abril.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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