Para o mercado externo, a expectativa em 2009 da indústria de laticínios é de demanda semelhante à verificada em 2008. Apesar da recuperação dos níveis de produção da Austrália e da Nova Zelândia, o diretor-geral para a área de Lácteos da Perdigão, Wlademir Paravisi, vê espaço para uma alta das vendas externas de leite em pó da Perdigão em 2009. Segundo ele, no próximo ano a companhia pode vender de 12 mil a 15 mil toneladas de leite em pó ante 7 mil toneladas embarcadas em 2008.
O Brasil tornou-se exportador de leite em pó há aproximadamente três anos e, conforme observa a Fator Corretora, ainda há espaço para aumento de produtividade das bacias leiteiras, especialmente na região Sul do País, onde a casa considera que há técnicas superiores às demais regiões e boa estrutura estabelecida com os produtores.
Consolidação - O ano de 2009 também parece propício à consolidação do setor. O especialista no setor de alimentos de bebidas Adalberto Viviani, da Concept Consultoria, aponta o segmento de laticínios como um dos mais propícios para ser palco de fusões e aquisições, ao lado de massas e de sucos prontos.
Mas a Perdigão, que aumentou significativamente a sua participação em lácteos após a compra da Eleva, não se apresenta como possível consolidadora. Em dezembro, o presidente da companhia, Luis Antonio Fay, disse que os investimentos da empresa serão mantidos em R$ 600 milhões no próximo ano, e que a prioridade será os projetos já iniciados pela companhia.
Questionado sobre um possível interesse da Perdigão nos ativos da Laep que foram colocados à venda, Fay negou. Recentemente, a controladora da Parmalat decidiu oferecer ao mercado parte de seus ativos, como a Companhia de Alimentos Glória, Integralat Integração Agropecuária S/A, Integralat Agronegócios Ltda.
Veículo: Diário do Comércio - MG