Suínos terão maior alta de 13 anos em 2009 com redução do rebanho

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Os preços do suíno em pé deverão dar um salto de 46% até junho do ano que vem, para seu patamar mais elevado desde maio de 1996, uma vez que os produtores norte-americanos estão abatendo um maior número de fêmeas em idade de procriar para restringir as perdas decorrentes da alta dos custos da ração, disse Jason Britt, presidente da Central States Commodities Inc. de Kansas City, no estado norte-americano de Missouri. A diminuição do rebanho suíno dos EUA pode elevar o custo de todos os produtos derivados de carne de porco.

 

No pior ano para as commodities do último período de pelo menos cinco décadas, a carne de porco subiu 6,6%, a segunda maior alta do Índice Reuters/Jefferies CRB Commodity, ficando apenas atrás do cacau.

 

A mesma desaceleração da economia mundial que interrompeu seis anos de alta da demanda por gasolina, algodão e cobre também foi responsável pela retração da oferta de suínos.

 

"Teremos um rebanho de suínos 3 a 4% menor no ano que vem, e isso deve dar grande sustentação à alta dos preços da carne de porco", disse Mark Greenwood, que administra cerca de US$ 1 bilhão em empréstimos e arrendamentos a suinocultores norte-americanos para a AgStar Financial Services de Mankato, Estado de Minnesota. "Há potencial para os produtores terem um ano melhor em 2009."

 

Os contratos futuros de suíno em pé alcançaram sua maior alta dos últimos 15 meses, de US$ 0,79 a libra-peso a 23 de junho, e deverão subir para US$ 0,90 a libra-peso dentro de um ano, seu maior patamar desde maio de 1996, disse Britt.

 

O Goldman Sachs Group Inc. recomendou aos clientes, em relatório distribuído a 11 de dezembro, que comprassem contratos futuros agrícolas como a melhor aposta "defensiva" dentre as commodities, citando o crescimento da população mundial. O banco prevê que o preço do suíno em pé vai saltar para US$ 0,75 a libra-peso nos próximos seis meses, numa alta de 19% em relação a 10 de dezembro, enquanto petróleo bruto, gás natural, alumínio, cobre, níquel e zinco vão cair. O Goldman previu um salto de 32% do milho e uma alta de dois dígitos para trigo, açúcar, algodão e café.

 


Veículo: DCI


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