A Perdigão, maior empresa de alimentos do Brasil, despencou para o nível mais baixo em cinco semanas depois que a Brascan Corretora reduziu sua previsão de ganhos para o próximo ano à medida que uma desaceleração maior na economia da América Latina vai prejudicar o crescimento das vendas. Os papéis da companhia caíram 3,1% para R$ 30,42 a partir das 10:46 a.m. (horário de Nova York) na BM&F Bovespa, o menor preço no mesmo dia desde 21 de novembro. As ações caíram 31% este ano, em comparação com a queda de 42% do índice Bovespa. No fechamento do pregão de ontem, as ações da empresa recuaram 4,42% para R$ 30. As ações de sua principal concorrente, a Sadia, subiram 6,7%.
Denise Messer, analista da Brascan, reduziu a previsão do preço das ações para 12 meses para R$ 52. Messer reduziu sua estimativa para 2009 em relação à receita líqüida em 24% e em relação à receita antes das despesas em 2,6%. Os economistas da Brascan esperam que a economia brasileira expanda 2,6% em 2009, em comparação com um crescimento estimado de 5,9% este ano.
"Diminuímos nossa previsão em relação às vendas da Perdigão devido à crise financeira global, que já prejudicou as vendas da empresa, especialmente suas exportações", escreveu ontem Messer em uma nota a clientes. Ela manteve sua classificação de desempenho acima da média de mercado para as ações visto que a moeda brasileira mais fraca em relação ao dólar vai compensar parcialmente uma queda na demanda global pelos produtos da companhia. O real caiu 26% em relação ao dólar em 2008.
Veículo: Gazeta Mercantil