Preço registra pequena alta

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Houve reação apesar de a demanda ter sido menor.

O mercado brasileiro de carne suína registrou leve alta nos preços no Centro-Sul, apesar do relato de frigoríficos de que a demanda está mais contida neste momento, como é o caso de São Paulo, uma vez que a reposição entre atacado e varejo já ocorreu no fim da semana passada. "Na grande maioria dos demais estados os preços também apresentaram estabilidade", avalia a analista da consultoria Safras & Mercado Andréia Mariani.

Segundo ela, o cenário para o mercado de carne suína segue balizado pelo aumento na produção, enfraquecimento das exportações e maior disponibilidade interna. "Uma boa notícia é que a entrada da safrinha, com o avanço da colheita, já neste mês, tende a reduzir o impacto dos custos de produção", afirma.

Andreia alerta que o embargo por parte da Ucrânia continua impactando o mercado, que tem dificuldades em escoar o excedente de oferta neste momento. Para o Japão, por sua vez, as vendas ainda não foram efetivadas e isso deve ocorrer apenas após o inicio do segundo semestre. "Diante deste quadro, o momento deve ser de cautela para o setor, com um ajuste na produção, ainda que a demanda possa ser maior no segundo semestre. No atual nível de produção, que tem ficado, em todos os meses, entre 320 e 325 mil toneladas, acima do volume ideal, dificilmente o mercado interno conseguirá absorver toda a oferta", explica.

Safras & Mercado havia projetado um incremento de 1% a 2% para neste ano frente ao anterior na produção, mas os números mensais têm mostrado que este crescimento já oscila entre 4% e 5%. "Isso preocupa se levarmos em conta que as exportações não estão conseguindo uma recuperação plena", avalia.

Em termos de mercado, a análise de preços de Safras & Mercado indicou que a arroba suína foi cotada em São Paulo a R$ 55,00, ante os R$ 56,00 registrados na semana passada. No Rio Grande do Sul, o preço seguiu em R$ 2,30 na integração e a R$ 2,65 no interior. Em Santa Catarina o quilo vivo se manteve em R$ 2,30 na integração e a R$ 2,65 no interior. No Paraná, o quilo vivo foi vendido a R$ 2,68 no mercado independente, contra R$ 2,50 da semana passada. Na região Oeste, o quilo passou de R$ 2,40 para R$ 2,55.

Em Mato Grosso do Sul o quilo vivo passou de R$ 2,20 para R$ 2,30 na integração. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 2,90. No interior de Minas Gerais o quilo permaneceu em R$ 3,00. Em Mato Grosso o quilo vivo seguiu em R$ 2,15 na integração. O preço médio do quilo vivo no Centro-Sul teve aumento de 1,09%, passando de R$ 2,57 para R$ 2,60.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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