Comercialização de boi gordo mantém ritmo de retração

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O mercado brasileiro de carne bovina registrou poucos negócios na terceira semana do mês. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, o setor esteve pressionado tanto por parte do pecuarista, que diante do clima favorável vem procurando manter o gado no pasto e procurando melhores preços na venda, quanto por parte dos frigoríficos, que decidiram, em sua maioria, trabalhar com escalas mais curtas de abate, mesmo se sujeitando a pagar um pouco mais pela arroba do boi, embora de forma comedida."Alguns frigoríficos acabaram subindo um pouco os preços mesmo ficando com certo receio, haja vista que o mercado de carnes seguiu em um patamar apenas mediano de consumo", explica.


Iglesias sinaliza que existem indícios de oferta de gado confinado no mercado, provenientes de Goiás e Mato Grosso do Sul, mas em pequena proporção ainda. "De modo geral, a oferta de safra já se encontra em ritmo declinante, cenário que deve caracterizar o mercado de boi entre o final de junho e o final de julho. Em meados de agosto o setor já deve trabalhar com um maior volume de gado proveniente dos confinamentos", analisa.

No mercado de atacado em São Paulo, os preços sofreram algumas variações ante a semana anterior. Os cortes casados de traseiro permaneceram em R$ 7,80 o quilo, os de dianteiro subiram de R$ 4,80 para R$ 4,90 o quilo, enquanto a ponta da agulha recuou de R$ 4,60 para R$ 4,50.

No que tange às exportações, Iglesias afirma que o resultado obtido pelo Brasil até maio foi bastante positivo e tudo indica que este quadro será mantido no decorrer do ano, especialmente por conta da desvalorização cambial que é registrada pelo mercado neste momento.


Abiec - As exportações de carne bovina do país cresceram 15%, somando US$ 2,5 bilhões no período de janeiro a maio, na comparação com os cinco primeiros meses de 2012. Em volume, as vendas atingiram 562 mil toneladas, avanço de 22,57% na mesma base de comparação. As informações foram divulgadas pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).

No mercado de boi gordo, os preços da arroba para pagamento a prazo tiveram queda no dia 20 em relação à ao dia 13, passando de R$ 93,94 para R$ 93,73. Em São Paulo os preços ficaram entre R$ 97,00 e R$ 100,00, contra preços de R$ 98,00 a R$ 100,00 na semana anterior. Em Minas Gerais a arroba foi cotada entre R$ 92,00 e R$ 93,00.

No norte Paraná, a arroba teve preço de R$ 99,00, mesmo valor da última semana. No Rio Grande do Sul o preço do quilo vivo oscilou entre R$ 3,30 e R$ 3,40, sem alterações ante a última semana.

Em Goiás a arroba foi cotada a R$ 90, sem alterações ante a semana anterior. Em Mato Grosso do Sul a arroba foi cotada entre R$ 93,00 e R$ 94,00 ante valor entre R$ 93,00 e R$ 95,00 na semana anterior. No Mato Grosso, a arroba foi cotada entre R$ 86,00 e R$ 90,00 nesta semana, contra valores de R$ 85,00 a R$ 90,00 na semana passada. Em Tocantins, o valor médio da arroba ficou em R$ 88,00, contra R$ 89,00 por arroba.

No Pará os preços médios da arroba ficaram entre R$ 89,00 e R$ 90,00, sem alterações ante a semana passada. Em Rondônia a arroba foi negociada em R$ 89,00, contra valor de R$ 89,00 e R$ 90,00 da semana anterior.



Veículo: Diário do Comércio - MG (29/06)


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