Frigorífico não consegue adquirir animais adequadamente .
O mercado físico do boi gordo segue apresentando forte restrição de oferta. Devido a essa situação, os frigoríficos encontram severas dificuldades na composição das escalas de abate. Por conta disso, os preços de compra tiveram alta. Todavia, os estabelecimentos não conseguiram comprar boi gordo de maneira adequada.
Por conta desse quadro, os frigoríficos paulistas tendem a intensificar as negociações fora do Estado. Alguns estabelecimentos já negociam de maneira mais aguda na região Norte do país. Apesar do frete e da logística complicada essa estratégia se mostra vantajosa, segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.
A dificuldade na composição das escalas faz com que os frigoríficos reduzam o volume de abates. Com o real fortemente desvalorizado, as exportações se tornam a prioridade, reduzindo ainda mais a disponibilidade interna de carne bovina, favorecendo nova alta dos preços da carne tanto no atacado quanto no varejo.
O Brasil manteve os números recordes de exportação de carne bovina no primeiro semestre, ultrapassando a marca de US$ 3 bilhões em faturamento, número 13,6% superior ao de 2012 (US$ 2,641 bilhões). Em volume, os resultados também foram bastante positivos, registrando um crescimento de 21%, subindo de 557,3 mil toneladas nos seis primeiros meses do ano passado para 674,7 mil toneladas em 2013.
"Esses números apontam que estamos no caminho certo para fechar o ano com um faturamento superior a US$ 6 bilhões na exportação de carne bovina", analisa o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli.
Segundo ele, os frigoríficos brasileiros têm conseguido compensar a queda na variação do preço médio da carne com a conquista de novos mercados e a ampliação da quantidade de carne exportada. "Neste sentido, temos trabalhado para ampliar nossa fatia de negócios em regiões importantes, como a Europa, a Ásia e o Oriente Médio", afirma.
A média semanal de preços (8 a 11/07) em São Paulo foi de R$ 103,77. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou em R$ 98,61. Em Minas Gerais, a arroba ficou a R$ 97,66. Em Goiás, a arroba foi cotada em R$ 95,66. Já em Mato Grosso, preços a R$ 89,72 a arroba. A média semanal no atacado foi de R$ 5,20 para os cortes de dianteiro e de R$ 8,13 nos cortes de traseiro.
Veículo: Diário do Comércio - MG