Boa aferta de animais afetou preços.
O mercado brasileiro de boi gordo na semana passada foi bastante frustrante. A esperada alta dos preços sazonal e decorrente do Dia dos Pais não se confirmou. A boa oferta de animais fez com que os frigoríficos conseguissem compor uma boa frente em suas escalas de abate. Com isso, não houve necessidade de subir os preços.
Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, pelo contrário, houve queda das cotações em várias praças durante a semana, contrariando todas as expectativas. Os estados que mais se destacaram em termos de oferta foram Goiás e Mato Grosso do Sul.
Em São Paulo, bovinos prontos para abate além de afetados pela condição das pastagens, tem oferta reduzida, entretanto os preços da arroba estão firmes. Em outras palavras, nas praças onde a oferta é maior os preços situam-se em patamares discretamente menores. As escalas de abate também passam pelo mesmo viés, mas vale lembrar que a queda de braço, apesar de menos intensa ainda continua em razão da lentidão na retomada do consumo.
A média semanal de preços (de 5 a 8) em São Paulo foi de R$ 103,36. Em Mato Grosso do Sul, o preço ficou a R$ 98,09. Em Minas Gerais, a arroba ficou a R$ 97,66. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 94,33. Em Mato Grosso, preço a R$ 90,27 por arroba.
Do atacado ao balcão, o mercado opera com volumes reduzidos em razão da redução de abates. Como o mercado está enxuto, os preços seguem com probabilidade de se manter firmes, com a expectativa de aquecimento do consumo. A média semanal no atacado foi de R$ 7,87 nos cortes de traseiro e de R$ 4,77 nos cortes de dianteiro.
Veículo: Diário do Comércio - MG