Rebanho bovino tem queda de 0,7% em 2012, diz IBGE

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No total, foram abatidas 31,118 milhões de cabeças, equivalente a uma produção de 7,351 milhões de toneladas de carne .

Maior rebanho do país e um dos principais itens na pauta de exportações, o número de cabeças de bovinos teve queda de 0,7% em 2012 na comparação com 2011, o equivalente a uma redução de 1,536 milhão de cabeças de gado. A informação consta na pesquisa de Produção Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Georgrafia e Estatísticas (IBGE), divulgada ontem. Estimado em cerca de 211 milhões de cabeças, o rebanho bovino nacional é o segundo maior do mundo, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). Em primeiro, aparece a Índia.

No total, foram abatidas 31,118 milhões de cabeças de gado bovino em 2012, o equivalente a uma produção de 7,351 milhões de toneladas de carne. O número representa uma taxa de abate inspecionado de apenas 14,7% do volume total do rebanho.

Entre as regiões, apenas a Norte não registrou queda na produção, com alta de 1,3%. A prolongada seca prejudicou fortemente as produções de leite e de carne bovina no Nordeste, que teve a pior produção em cinco anos. Na região, o rebanho diminuiu 4,5% em relação a 2011 e a produção de leite caiu 14,8% Pernambuco (-24,2%) e Paraíba (-28,6%) tiveram as quedas mais expressivas.

Nas demais regiões, o avanço da agricultura, como o cultivo de cana-de-açúcar em São Paulo e a soja no Rio Grande do Sul, provocou a redução do rebanho bovino. Mato Grosso lidera a produção nacional com 13,6% de participação, seguido de Minas Gerais, com 11,3% e Goiás, com 10,4%.


Leite - Entre todos os produtos de origem animal pesquisados pelo IBGE, o leite foi o que apresentou o maior valor de produção em 2012, de acordo com a pesquisa. A produção de 32,3 bilhões de litros (alta de 0,6% em relação a 2011) proporcionou um retorno de cerca de R$ 26,8 bilhões. Do total produzido, entretanto, apenas 69,1% foi destinado a estabelecimentos industriais sob inspeção sanitária.

"A dificuldade de obtenção de milho para a alimentação animal, dada uma menor produção e quebra da safra americana, influenciou o preço do produto, aumentando-o e encarecendo os custos de produção da atividade", mostra a pesquisa. Em decorrência, houve queda no número de vacas ordenhadas em todo o país (-1,8%), sobretudo em áreas mais pobres, como Norte (-6,3%) e Nordeste (-8,8%).

Em compensação, o levantamento indica que houve ganho de produtividade de 2,5% na produção, com liderança do Rio Grande do Sul. Segundo a pesquisa, em média, foram 1.417 litros de leite ordenhados em cada vaca em 2012. A produção é concentrada no Sudeste, com 35,9% de participação no total do país. Sul (33,2%) e Centro-Oeste (14,9%) vêm em seguida.


Aves - Anda conforme a pesquisa, o efetivo de aves teve queda de 1,8% em 2012 na comparação com o ano anterior. O estudo calcula em 1,2 bilhão de cabeças o total do plantel brasileiro de aves, considerado o segundo maior do mundo, atrás apenas da China. A região Sul concentra a maior parte das criações, com 49,5% de participação.

Quanto à produção de ovos, a pesquisa identificou uma produção de 3,4 bilhões de dúzias - uma alta de 2,3% em relação a 2011. Em todas as regiões, houve avanços na produção de ovos, com destaque para a Norte, com 2,15% de aumento. Entre os estados, São Paulo, o principal produtor, teve alta de 2%. O valor de produção dos ovos também registrou alta, de acordo com a pesquisa. Entre 2012 e 2011, houve elevação de 17,4% no preço.

Dentre todos os animais pesquisados na pesquisa, apenas a codorna teve alta em seu plantel. Com 16,4 milhões de unidades, o crescimento foi de 5,6%. Nos últimos cinco anos, o plantel dobrou de tamanho. Já a produção de ovos teve alta superior a 80% no período. Plantel (51,1%) e produção (61,3%) se concentram em São Paulo.





Veículo: Diário do Comércio - MG


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