Preço do suíno dispara e pode subir mais no fim de ano

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Os preços pagos pelo quilo do suíno vivo em Minas Gerais apresentaram alta de 5% no acumulado de outubro. O quilo do animal vivo que era negociado a R$ 4,10 no início do mês, encerrou o período cotado a R$ 4,30. A tendência para novembro é de nova alta, com os preços podendo superar os R$ 4,40 registrados em meados de outubro. A elevação dos valores se deve à oferta ajustada a demanda. A produção de carne suína em Minas Gerais encerrará o ano em torno de 440 mil toneladas.

De acordo com o vice-presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), José Arnaldo Cardoso Penna, os suinocultores estimam que o mercado da carne suína continuará aquecido no último bimestre.

"A tendência é que os preços continuem valorizados ao longo de novembro. Com a proximidade das festas de fim de ano, a tendência é que o consumo seja alavancado neste período. Outros fatores, como os preços mais competitivos que os da carne bovina e o pagamento do 13º salário são importantes para elevar a demanda e sustentar a alta dos preços", disse.

Ainda segundo Cardoso Penna, em outubro os preços pagos pela carne chegaram ao pico de R$ 4,40 no final da primeira quinzena. Porém, devido à descapitalização da população ao longo da segunda quinzena os preços recuaram para R$ 4,30 por quilo do animal vivo.

O valor recebido pelos suinocultores é suficiente para cobrir os custos de produção e garantir o lucro, o que tem sido fundamental para reduzir o nível de endividamento acumulado em 2012, quando foram registradas elevações recordes nos custos e os preços de mercado da carne suína ficaram abaixo dos mesmos.

"Como em 2012 a situação da suinocultura não foi favorável, muitos produtores abandonaram a atividade ou diminuíram a produção, o que reduziu a oferta do produto no mercado. Diante do cenário de oferta menor e consumo em alta, a expectativa é de recuperação dos preços em novembro, voltando a atingir os R$ 4,40 por quilo registrados na primeira quinzena de outubro", disse Cardoso Penna.


Consumo -
Apesar da alta registrada nos preços da carne suína, o consumo per capita do produto vem crescendo anualmente. De acordo com Cardoso Penna, somente em 2013 o consumo per capita deve variar entre 15,5 quilos e 16 quilos por habitante. Em 2012 o consumo ficou próximo a 14 quilos por habitante.

"Um dos fatores que vem impulsionando o consumo no país é o Programa Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) que desenvolve ações divulgando os benefícios do produto e as formas variadas de corte e preparo, atendendo ao gosto variado da população", disse Cardoso Penna.

Ainda segundo o vice-presidente da Asemg, existe muito espaço no mercado brasileiro para o crescimento do consumo de carne suína. Anualmente o consumo per capita de carnes no país gira em torno de 101 quilos por habitante, deste total cerca de 48 quilos são de carne de frango, 38 quilos de carne bovina e apenas 15 quilos são de carne suína.

"Os suinocultores estão investindo cada vez mais nos meios produtivos e os resultados são vistos na melhoria constante da qualidade da carne. O que é fundamental para incentivar o aumento do consumo", disse.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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