Boa parte dos supermercados de Minas Gerais aposta em um bom nível de vendas neste Natal, embora ainda exista alguma indefinição quanto à oferta e preço das aves especiais, uma vez que os fornecedores ainda não fecharam seus contratos.
Na rede Bahamas, com sede em Juiz de Fora (Zona da Mata) e 27 lojas no interior do Estado, as expectativas são as melhores possíveis. "Ainda não posso fechar a taxa de crescimento para este Natal, mas ela deve ficar entre 15% e 20%", informou o gerente de Marketing, Nelson Júnior.
O único motivo de dúvida do empresário é quanto à demora na entrega das aves especiais, entre elas o tradicional peru. "Estamos a 40 dias do Natal e ainda não recebemos o planejamento dessas empresas (fornecedores)", explica. A campanha de Natal da rede começa em 17 de novembro, mas pelo menos seis lojas já estão decoradas para a data comemorativa.
As projeções são tão boas que somente de panetone, "que já está dentro de casa", o volume aumentou 30% neste ano. Na avaliação de Nelson Júnior, esse bom desempenho deve ser percebido nos três segmentos do grupo: o Empório, para um público mais abastado; Bahamas, mais popular; e também na rede de atacarejo do grupo. Embora reconheça que "a concorrência no setor hoje é com a inflação e o endividamento", ele entende que os níveis de emprego e renda podem garantir um bom consumo na época mais festejada do ano.
A qualidade de importadora direta é a vantagem competitiva apontada pelo superintendente Comercial e de Marketing da rede Verdemar, Antônio Celso Azevedo. Segundo ele, a rede, com sete lojas em Belo Horizonte, deve faturar neste Natal pelo menos 15% a mais do que no mesmo período do ano passado.
"Estamos muito otimistas. O Verdemar foi pioneiro nesse segmento de gastronomia e vinhos. E vamos apresentar mais novidades no Natal, com preços atraentes", promete. Entre esses produtos, ele destaca panetones franceses e italianos, além de vinhos, espumantes e "uma safra muito boa de castanhas".
Também sem grandes problemas com a recente oscilação do câmbio, tendo em vista contratos efetuados antes da maior desvalorização do real, Azevedo reconhece que ainda não abasteceu suas lojas com as aves típicas do Natal. "Este ano está mesmo um pouco atrasado, mas esperamos o fornecimento até o fim deste mês".
Veículo: Diário do Comércio - MG