Cenário atinge ritmo das avícolas

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A crise econômica internacional, que derrubou o volume de exportações de aves do País em 11% em dezembro e levou as indústrias a proporem a redução de 20% no abate de frangos, detonou uma série de medidas emergenciais em termos de redução dos quadros funcionais de muitas empresas. As férias coletivas ou paradas técnicas, como são chamadas pela indústria, vêm sendo anunciadas desde o final do ano passado, assim com alguns casos de demissões e de cortes de turnos extras.

 

Conforme o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação, Siderlei Silva de Oliveira, as paradas técnicas foram anunciadas pela Perdigão - 580 funcionários na unidade de Porto Alegre e 2,3 mil de Lajeado, pela Minuano - cerca de 1,5 mil funcionários e pela Sadia, que deu férias coletivas para 600 trabalhadores e também decidiu demitir outros 600 da unidade de Nova Araçá. A Doux concedeu férias escalonadas em janeiro e fevereiro para seus funcionários, nas três unidades no Estado.

 

"São todas iniciativas programadas em função da redução da produção, que foi necessária para evitar uma queda drástica dos preços", explicou o dirigente. Na tarde de sexta-feira, a confederação encaminhou à Assembleia Legislativa um pedido de audiência pública, por conta das demissões do frigorífico Nicolini, parceiro da Sadia, em Nova Araçá.

 

Para especialistas do setor, a tendência é de que, em breve, esse quadro se reverta em função da retomada da produção, pelo aumento na demanda por exportações. "A partir do final do primeiro semestre de 2009, o cenário deve mudar de figura, com o retorno das exportações, a retomada da produção e a reversão do quadro de afastamentos", informou o secretário-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Eduardo dos Santos.

 

A aposta dos produtores se baseia também na fidelidade que muitos países compradores têm em relação à compra da carne de frango brasileira e também pela entrada de novos mercados importadores, como Índia e China. Segundo Santos, para buscar amenizar a situação, o setor está pleiteando, junto ao governo federal, medidas de desoneração fiscal e de encargos das folhas de pagamento dos funcionários.

 

Veículo: Jornal do Comércio - RS


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