Coreia do Sul rejeita carga da Perdigão

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A Perdigão teve rejeitada ontem, pela Coreia do Sul, uma carga de carne de frango congelada em virtude de supostos vestígios de utilização de um antibiótico proibido. As autoridades sul-coreanas já teriam entrado em contato com o Brasil para que novos carregamentos da empresa fossem momentaneamente evitados, segundo a agência Efe. 

 

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Perdigão afirmou ser inviável a presença do antibiótico chloranphenicol na carga, já que a substância não é utilizada em seu processo de criação de aves. "O uso e a comercialização dessa substância são proibidos pela legislação industrial e sanitária do país desde 1998 e a empresa cumpre rigorosamente toda a normatização regulatória relativa às atividades desse setor", diz o comunicado. 

 

O Serviço de Pesquisa Veterinária e Quarentena da Coreia do Sil (NVRQS, na sigla em inglês) comunicou que foram detectados vestígios de chloranphenicol em um carregamento de 23,5 toneladas de carne de frango congelada que chegou ao país no dia 3 de março, segundo nota publicada pela agência de notícias "Yonhap". "Desde que a substância foi descoberta, o carregamento foi rejeitado e será devolvido ou destruído", afirmou um inspetor do governo sul-coreano, não identificado pela agência. 

 

Ao contestar as informações por meio do comunicado, a Perdigão disse que não ter sido notificada pelas autoridades coreanas ou pelo Ministério da Agricultura brasileiro. Disse ainda que testes realizados pelo Ministério da Agricultura entre 2006 e 2008 não detectaram chloranphenicol em 100% das análises. 

 

O chloramphenicol é utilizado no combate de uma série de microorganismos, mas seu uso em criações comerciais de animais foi banido em 1991. Em certos casos, ele o antibiótico usado no tratamento de humanos. A Coreia do Sul importou do Brasil 2,6 mil toneladas de carne de frango congelada neste ano. Da Perdigão foram 470 toneladas. As ações da companhia subiram 1,27% ontem na Bovespa. 

 

Veículo: Valor Econômico


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