No tocante ao balanço do primeiro semestre, os embarques de carne de frango cresceram 13,86% em volume sobre o resultado de 2015, mas a receita cambial recuou 1,25%.
Assim como aconteceu com a soja e mais recentemente com a carne bovina, a China vem ganhando espaço, agora, como importante importador de frangos e suínos do Brasil. É o que destacam os dirigentes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), com base nos mais recentes dados, que foram divulgados pela entidade na última terça-feira (12).
Começando pela carne de frango, a associação estima que os embarques totais do País cresçam 8% em volume neste ano frente o resultado de 2015, com grande expectativa para a manutenção das vendas para a China. Segundo Francisco Turra, presidente da ABPA, o país asiático se consolidou como o segundo maior mercado importador de carne de frango do Brasil, ficando atrás somente da Arábia Saudita.
“Além disso, no âmbito geral para 2016, projetamos a permanência de um bom ritmo das exportações para o Oriente Médio e outros países da Ásia, como, por exemplo, Japão e Coreia do Sul”, disse Turra. “Em termos de concorrência, não enxergamos grandes ameaças às nossas exportações, tanto em rentabilidade quanto em volume”, ressaltou Ricardo Santin, vice-presidente e diretor de mercados da entidade.
No tocante ao balanço do primeiro semestre, os embarques de carne de frango cresceram 13,86% em volume sobre o resultado de 2015, mas a receita cambial recuou 1,25%.
Suínos
Já para a carne suína, a previsão é que as vendas totais cresçam 28% em 2016 se comparadas ao resultado do ano passado, com a China também se posicionando como grande importador, sendo superada somente pela Rússia e Hong Kong.
No que diz respeito ao acumulado dos primeiros seis meses do ano, os embarques de carne suína registraram alta de 54,7% em relação ao mesmo período de 2015. E, diferentemente da carne de frango, as exportações de suínos apresentaram receita 14,8% superior em relação ao primeiro semestre do ano passado.
De acordo com Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice-presidente e diretor-técnico da entidade, o Brasil mira agora, por ordem de possibilidade, a abertura dos mercados da Coreia do Sul, México e Japão. “O caso japonês é mais demorado, já que demanda obtermos escala de produção para cortes mais sofisticados. Por outro lado, o início dos embarques para Coreia do Sul, em primeiro lugar, e México estão mais bem encaminhados.”
Veículo: Infomoney