O mercado do boi gordo firme continua. Apesar da pressão baixista desde a semana passada, alguns negócios foram efetivados em valores maiores na última quarta-feira (26/10).
Em São Paulo, a referência ficou estável, mas ganharam força ofertas de compra e negócios em R$ 152,00 a arroba, à vista. Alguns frigoríficos possuem escalas mais folgadas, sobretudo os que trabalham com contratos a termo. Contudo, ainda existem empresas com programações mais apertadas e são estas que sustentam o mercado. Por outro lado, houve alta no mercado atacadista de carne com osso. O boi casado de animais castrados ficou cotado em R$ 9,49/kg.
Conforme se aproxima o último bimestre do ano, cresce a expectativa a respeito da recuperação sazonal da demanda por carne. Este será o fator crítico para a definição dos rumos da arroba do boi para o curto prazo, já que a oferta não dá sinais de abundância.
Patamares elevados
Os preços do boi gordo seguem em patamares elevados neste final de mês, devido à menor oferta de animais para abate. O Indicador Esalq/ BM&FBovespa acumula leve alta de 0,13% na parcial de outubro, fechando a R$ 151,60 na terça-feira (26).
Segundo pesquisadores do Cepea, mesmo com a baixa disponibilidade de animais para abate, frigoríficos não têm mostrado grande interesse de compra, limitando reajustes da arroba. Além dos lotes adquiridos antecipadamente e das compras efetuadas em outros estados, o fraco desempenho do mercado de carne reforça a postura retraída da indústria no mercado paulista. Frigoríficos alegam fracas vendas no varejo, ressaltadas pelo período de segunda quinzena.
Demanda fraca em suínos
Os preços do suíno vivo e da carne seguem estáveis na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea. Mesmo com a oferta de animais para abate reduzida, a demanda interna enfraquecida não tem dado espaço para aumentos nos valores, ainda mais no período de final de mês.
Fonte: DCI