Operando em mercado frágil desde o início do mês, ontem (22) o frango vivo negociado em Minas Gerais perdeu de vez a já fraca sustentação existente, sendo negociado por R$2,75/kg, valor cinco centavos menor que o vigente nos 15 dias anteriores. Essa foi, também, a terceira baixa enfrentada no mês pelo frango vivo mineiro. Com esta última queda, o produto de Minas Gerais registra redução de 5,17% em relação a passados 30 dias; de 12,70% em relação ao último preço de 2016; e de 6,78% em relação à cotação vigente um ano atrás. De toda forma, nestes primeiros 81 dias de 2017 alcança preço médio apenas 0,60% inferior ao de idêntico período de 2016.
Não é o que ocorre com o frango vivo comercializado no interior paulista, cujo preço médio, neste ano, se encontra quase 3% aquém do registrado nos primeiros 81 dias de 2016. Além disso, ainda que a cotação no Estado ainda esteja acima (+1,85%) da registrada há um mês, no ano ela é 8,33% inferior, permanecendo negativa, também (-1,79%), em relação ao que era praticado há um ano. É interessante notar, ainda, que pela primeira vez em quase nove meses, o frango vivo das duas principais praças do produto no País - São Paulo e Minas Gerais - têm a mesma cotação. Ou seja: desde o início de julho do ano passado até anteontem o frango vivo mineiro operou com cotação superior à do frango vivo paulista, obtendo adicionais que variaram entre 5 centavos e 40 centavos. Ontem, essa diferença foi "zerada".
Tudo indica, porém, que tal igualdade de preços terá curtíssima duração. Porque, agora, também o frango vivo do interior paulista passou a ser negociado em mercado calmo. E apesar de sua cotação permanecer inalterada desde a semana passada, ontem negócios por valores inferiores ao referencial de R$2,75/kg voltaram a ser realizados. Parece que, ao contrário do esperado na semana passada, os preços devem regredir novamente. Culpa, não há dúvida, do final de mês, do período de Quaresma, do esgotamento financeiro do consumidor mas, principalmente, dessa malfadada operação da PF - que criou uma ferida difícil de cicatrizar e que, infelizmente, só tende a aumentar.
Fonte: Diario do Comércio Minas