No primeiro bimestre de 2017 as exportações brasileiras de carne de frango aumentaram 8,76% em volume e 28,72% na receita. Bons resultados, sem dúvida, mas que teriam sido ainda melhores não fosse o fraco desempenho da carne de frango salgada - o único dos quatro itens exportados a registrar queda de volume e de preço médio e, por decorrência, também de receita. É verdade que os embarques de frango inteiro tiveram expansão bastante modesta, de menos de 1%. Em contrapartida, obtiveram aumento de 15,62% no preço médio e, com isso, a receita cambial daí decorrente aumentou 29%.
Mas o destaque do período ficou com os cortes de frango. Que registraram expansão de volume bastante expressiva (de quase 14%) e um incremento de preço ainda mais significativo (+24%). Isso redundou numa receita 41% maior e a recuperação dos cortes entre os quatro itens exportados: 60% do volume e da receita, contra, respectivamente, 58% e 55% no primeiro bimestre do ano passado. Os industrializados registraram a maior expansão de volume: +22%. Mas seu preço aumentou menos de 3%, o que resultou em um incremento de receita de quase 26%. Porém, é baixa a participação dos industrializados na receita global da carne de frango exportada - menos de 6% do total.
De qualquer maneira, os industrializados tiveram desempenho melhor que a carne de frango salgada. Que, como foi dito no início, perdeu em volume (-7%), no preço (-3%) e, consequentemente, na receita (-10%). Respondeu, assim, por menos de 5% da receita cambial total, contra uma participação superior a 7% no mesmo bimestre de 2016. Como se vê, a carne salgada - que já chegou a representar 13% da receita mensal da carne de frango exportada - é, agora, um mau negócio.
Fonte: Diário do Comércio de Minas