Férias coletivas, feriados e uma dose de pecuaristas ainda resistentes em aceitar os preços atuais enxugaram os estoques de carne bovina e isso fez os preços subirem. A valorização acumulada nos últimos sete dias foi de 1,0%, em média, com forte influência dos cortes de traseiro neste movimento.
Este cenário fez as margens das indústrias que fazem a desossa operarem em 27,6%, patamar mais de oito pontos percentuais acima da média histórica, rivalizando com os melhores resultados dos frigoríficos, que foram registrados em 2013.
Mas a situação mais interessante sob a ótica destes agentes é a venda de carne com osso. O boi casado de animais castrados subiu 8,1% entre o começo do mês e a abertura desta semana. Isso trouxe a diferença entre a receita de uma operação de venda de carcaça, couro, sebo, miúdos e subprodutos, e o preço pago pela arroba aos mesmos patamares do pacote de negócios feito com carne desossada.
A diferença histórica entre estes dois indicadores é de cinco pontos percentuais. E a atratividade se dá pelo fato de a produção de carcaça ser operacionalmente mais "barata", já que há uma operação a menos na indústria, a desossa das peças.
Fonte: Notícias Agrícolas