Sadia e Perdigão mais próximas da fusão

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Depois de negar veementemente as negociações com a concorrente, a Perdigão informou na noite de sexta-feira que "reiniciou" as discussões com a Sadia para verificar a viabilidade de uma associação entre as companhias. Segundo fontes próximas à negociação, as conversas estão bem avançadas e o estudo sobre como será maximizada a sinergia operacional já teria sido, inclusive, concluído pelas empresas. Agora, só faltaria a avaliação de valor das empresas e a nova organização societária, que também estão em andamento, segundo a fonte.

 

Em várias ocasiões, o presidente do Conselho de Administração das Sadia, Luiz Fernando Furlan, reafirmou que as empresas continuavam as negociações e que uma decisão deveria ser tomada até junho. Neste período, a Perdigão negou, por meio de nota, que mantinha conversas recentes com a concorrente, informação que foi reiterada na época de divulgação do balanço do quarto trimestre, pelo presidente da Perdigão, José Antônio Fay.

 

Os rumores de fusão beneficiaram mais a Sadia, cujos papéis acumularam no mês de abril alta de 20,38%, acima da valorização da Perdigão no período (8,69%) e do Ibovespa (14,28%). Na sexta-feira, as ações da Sadia também tiveram forte alta (13,8%), fechando em R$ 3,78 (PN). As da Perdigão também se valorizaram (3,6%), fechando em R$ 31,25, também acima do Ibovespa (2,12%) no dia.

 

Análise feita pela Brascan Corretora mostra que o ganho de sinergia com a fusão seria próximo de R$ 2,2 bilhões. Ainda, que proporcionaria um incremento de 23,4% no valor de mercado das duas empresas juntas.

 

No comunicado, a Perdigão informou que essa nova rodada de discussões não foi precedida da assinatura de qualquer instrumento legal, não tem prazo para conclusão, nem deve ser entendida pelo mercado como qualquer tipo de compromisso com a concretização da associação.

 

Por conta das perdas com derivativos cambiais, a Sadia registrou em 2008 um prejuízo de R$ 2,5 bilhões, dos quais R$ 2,042 bilhões no quarto trimestre, quando a com-panhia teve de reconhecer os potenciais ganhos e perdas dos contratos de derivativos que vencem em posição futura. Se não precisasse antecipar esses resultados, a Sadia teria prejuízo em 2008 de R$ 468 milhões. Já a Perdigão, teve lucro de R$ 54 milhões no ano.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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