O rebanho bovino brasileiro diminuiu 1,5% em 2017 na comparação com o ano anterior e alcançou 214,9 milhões de cabeças. O recuo ocorreu em um cenário de aumento de 3,9% nos abates e 7,2% nas exportações de carne bovina.
De acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ano passado foi marcado pelo aumento no abate de matrizes, resultado da queda do preço da arroba do boi gordo e do preço do bezerro.
A analista da Scot Consultoria, Marina Zaia, destaca que os abates de bovinos vêm crescendo, especialmente de fêmeas, em um momento de transição do ciclo pecuário. “Apesar dessa leve redução de rebanho, a produção vem subindo devido ao aumento da produtividade e da eficiência.” Ela cita como exemplo a perspectiva de que as exportações batam recorde neste ano e superem o volume de 1,5 milhão de toneladas embarcadas no ano passado.
Conforme o IBGE, o Centro-Oeste permanece na frente entre as regiões, com 34,5% do rebanho nacional. Mato Grosso é estado com maior número de bovinos, 13,8% do total. Entre os municípios, o líder é São Félix do Xingu (PA) com 2,2 milhões de cabeças.
Leite
De acordo com a PPM, a produção de leite em 2017 somou 33,5 bilhões de litros, recuo de 0,5% em relação a 2016. A leve retração é atribuída à redução do número de vacas em razão dos baixos preços do leite – de R$ 1,1 por litro de leite em média no ano passado, queda de 5,6% em relação a 2016. O estado de Minas Gerais foi o maior produtor e respondeu por 26,6% do total nacional.
O número de aves somou de 1,4 bilhões de cabeças, o maior da série histórica da pesquisa, aumento de 6% ante 2016. o efetivo de galinhas totalizou 242,8 milhões de cabeças, alta de 11,4% sobre o ano anterior. A produção de ovos de galinha somou 4,2 bilhões de dúzias, 11,6% superior a 2016. Já o efetivo de suínos atingiu 41,1 milhões de cabeças, expansão de 3% ante o ano anterior, o maior resultado já registrado.
Fonte: DCI