O fraco comportamento do mercado consumidor nesta semana indica que o preço do frango no mês chegou ao fundo do poço. Mas o fundo do poço em setembro é bem melhor que o de meses anteriores. Salvo engano, aliás, é o melhor de todos os tempos.
O gráfico abaixo deixa isso mais claro. Em junho, julho e agosto, por exemplo, os menores preços (registrados, invariavelmente, na última semana do mês) foram praticamente similares entre si, variando em torno dos R$3,20/kg-R$3,25/kg. E apresentando diferenças mínimas em relação ao ano anterior, todas inferiores a 10%. Já em setembro corrente essa diferença chegava, ontem (27) a quase 20%.
Tem mais, porém. Pois ainda que o pico de preço do mês (média de R$4,20/kg em 11 de setembro) tenha ficado quase 11% abaixo do pico de preço de junho (R$4,75/kg no dia 5 daquele mês, como decorrência da crise causada pela greve dos caminhoneiros), o valor médio alcançado pelo frango abatido neste mês ficou acima do registrado em junho passado. E coloca-se como o melhor preço nominal obtido pelo frango abatido resfriado nos últimos 29 meses. Ou seja: acima do resultado atual só os registrados no quadrimestre agosto-novembro de 2016 quando – em função dos altos custos das matérias-primas – o produto registrou valores superiores a R$4,00/kg, nível que até agora não foi alcançado ou superado.
O gráfico abaixo também apresenta o preço médio mensal dos nove primeiros meses de 2018 e demonstra que nos quatro primeiros meses do ano os resultados obtidos pelo setor ficaram muitíssimo aquém dos registrados em idênticos meses de 2017. Quer dizer: a recuperação de preços começou em maio, independente até da greve dos caminhoneiros (que elevou artificialmente os preços do produto).
Embora, porém, há cinco meses os resultados venham sendo positivos, não conseguiram neutralizar o baixo rendimento do primeiro quadrimestre de 2018. Por ora, o valor médio alcançado nos primeiros nove meses do ano permanece quase 1,5% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. Quando, por sinal, os custos de produção eram bem menores que os atuais.
Fonte: AviSite