A Marfrig Alimentos pretende elevar o grau de industrialização de seus produtos in natura, aumentando dos atuais 18% para 50% até 2012, se aproximando dos níveis praticados em países onde a empresa já está presente. Marcos Molina, presidente do grupo, disse que a divisão europeia da empresa já industrializa 80% da produção, enquanto na Argentina esse percentual oscila entre 55% e 60%.
Molina afirmou que o objetivo da empresa é vender produtos de maior valor agregado, retirando do processo de abate e venda do produto final possíveis intermediários. Para atingir a meta, a empresa pretende elevar a capacidade das unidades de produtos industrializados. "No próximo dia 12 teremos a divulgação dos resultados e devemos falar um pouco mais sobre os investimentos e os planos para os próximos cinco anos", disse Molina.
Ele lembra que, no início, a Marfrig se concentrava em abater os animais e vender carne sem osso nos mercados interno e externo. "Vendíamos carne cozida para um importador, que repassava o produto para um fatiador europeu, que cortava a carne, colocava em uma bandeja e entregava no supermercado. Hoje já fazemos isso e todas nossas divisões passarão por esse processo", disse.
A estratégia justifica os dois investimentos anunciados pela empresa nas últimas quatro semanas. No final de junho, a Marfrig começou a construção de uma fábrica de abate e industrialização de suínos em Mato Grosso, com investimentos estimados em R$ 150 milhões. O arrendamento de um abatedouro no Rio Grande do Sul.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ