Semana do Peixe: a campanha vai ressaltar os benefícios do consumo de pescado e o preparo

Leia em 3min 50s

O plano “Mais Pesca e Aqüicultura” prevê a construção de 20 terminais pesqueiros e 120 CIPARs até 2011.

 

O Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA) lança no dia 1º de setembro a Semana do Peixe 2009 que tem como objetivo incentivar o consumo de pescado em todo o país, com foco na alimentação saudável. A Campanha conta com apoio do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entre as entidades parceiras está a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL) que coordenarão as ações de promoção de pescados e festivais gastronômicos organizadas por seus afiliados.

 

Serão distribuídos dois milhões de folhetos aos consumidores em todo o país contendo informações sobre os benefícios à saúde que o consumo de pescado proporciona, além de dicas sobre como verificar a qualidade do produto na hora da compra, como limpar o pescado e diversas receitas. Serão distribuídos ainda 70 mil cartazes para serem afixados em bares, restaurantes e supermercados participantes da campanha.

 

No ano passado, a Semana do Peixe, esteve presente em mais de 70 redes de supermercados do país envolvendo cerca de 1.500 lojas participantes. No período do evento, a venda de pescados nesses estabelecimentos cresceu em média 60% com relação ao mês anterior, superando todas as expectativas de resultados. Alguns supermercados regionais chegaram a super 300% em crescimento.

 

Dicas de compra - A Campanha tem entre seus objetivos mostrar os benefícios à saúde do consumo de peixe, além de prestar informações aos consumidores sobre o que observar na hora da compra. O pescado fresco, por exemplo, deve ser úmido, firme e sem manchas estranhas na pele, no caso dos peixes e moluscos, ou na carapaça, no caso dos crustáceos. Os olhos devem estar brilhantes e salientes. As brânquias devem estar úmidas, brilhantes e com cor entre o rosa e o vermelho intenso. Os crustáceos devem ter a cor própria da espécie e não apresentar cor alaranjada ou negra na carapaça. Os mariscos só podem ser vendidos vivos e os polvos e lulas devem estar com a carne consistente e elástica.

 

A conservação será outro ponto em destaque para os consumidores. Após o descongelamento, os pescados só podem ser congelados novamente se cozidos e preparados. No congelamento caseiro, os peixes devem ser mantidos inteiros, mas sem as vísceras. Camarões e lagostas devem ser congelados sem cabeça. Nunca se deve congelar espécies diferentes num mesmo recipiente. Ao manusear o pescado, o vendedor deve utilizar luvas descartáveis e a higiene do local de venda deve ser observada como um todo. Os peixes são alimentos extremamente perecíveis e por isso é necessário tomar muito cuidado com seu manuseio.

 

Promoções nos supermercados- Desde 2003 participando da Campanha, a Abras também contribui na organização das ações nos estados através de suas associações regionais, que mobilizam diretamente os supermercados. Tradicionalmente, fornecedores e supermercadistas entram em acordo durante a Semana do Peixe e realizam promoções de pescado.

 

Consumo deve ser de 12kg/ano - A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o consumo de pescado para cada pessoa seja de 12 Kg/ano. No Brasil, no entanto, essa medida está por volta de 7 Kg/ano. O plano “Mais Pesca e Aqüicultura”, do Ministério da Pesca e Aquicultura, traçou como meta chegar a 2011 com um consumo médio de 9 Kg/ano por habitante. Com uma costa marítima em torno de 8,5 mil Km, além de vários reservatórios propícios para o cultivo em cativeiro, o Brasil tem um enorme potencial para desenvolver sua produção de pescado que nos próximos quatro anos deverá aumentar em cerca de 40%.

 

Estruturação da cadeia produtiva - Em vários estados, durante a Semana do Peixe, pescadores e aqüicultores comercializam suas produções diretamente com os consumidores finais. A aproximação dos pescadores e aqüicultores com os consumidores é uma das metas do Ministério da Pesca e Aqüicultura que está implantando no país Terminais Pesqueiros Públicos (TPP) e Centros de Integração da Pesca Artesanal (CIPAR). Essa infra-estrutura vai permitir que os pescadores, tanto artesanais quanto da pesca oceânica, tenham local apropriado para desembarcar o pescado com todas as condições necessárias de higiene no manuseio e conservação do produto. O plano “Mais Pesca e Aqüicultura” prevê a construção de 20 terminais pesqueiros e 120 CIPARs até 2011.

 

Veículo: Revista Fator Brasil


Veja também

Integração é a arma da Tyson Foods para crescer no Brasil

A norte-americana Tyson Foods, maior processadora mundial de carnes, se prepara para se tornar uma das maiores empresas ...

Veja mais
Perdigão congela produção para ampliar unidade

Os trabalhadores do setor de suínos da Perdigão entram em férias coletivas de 8 a 20 de setembro. A...

Veja mais
Associação alerta para altas margens do varejo com carnes

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) divulgou ontem levantamento realizado pela Scot...

Veja mais
Consumo de carne suína cai 20% em Minas Gerais

Em compensação, exportação aumentou 67% em relação à 1º semestre d...

Veja mais
Independência faz 'corpo a corpo' para sair da concordata

Os credores do frigorífico Independência têm reunião marcada para amanhã na sede da Fed...

Veja mais
Plano de recuperação do Margen é aprovado

Após chegar a um acordo com seu maior credor, o frigorífico Margen conseguiu ontem, em assembleia em Rio V...

Veja mais
Suinocultores temem impacto da BRF

A Associação Brasileira de Suinocultores contratou uma empresa de assessoria administrativa e juríd...

Veja mais
Cotação da carne exportada pelo Brasil tem recuo de 13,5%

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), o preç...

Veja mais
Carne em pó deverá ser lançada até o fim do ano

Pessoas com dificuldades para mastigar ou que passaram por cirurgias e não podem ingerir alimentos sólidos...

Veja mais