Marfrig fecha fábrica de processados no Uruguai

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O Grupo Marfrig interrompeu ontem a produção de carne processada na fábrica uruguaia de Fray Bentos. A fábrica empregava 124 pessoas e foi arrendada em agosto do ano passado. De acordo com a imprensa uruguaia, o gerente geral da fábrica, Julio Bonizi, declarou à rádio local FM Visión que a decisão de interromper a produção está relacionada ao não cumprimento, por parte do governo local, de uma promessa de desoneração das exportações. Procurado, o Marfrig informou apenas que houve uma "suspensão temporária por causa da necessidade de se fazer ajustes para a produção de embalagens de lata". A empresa não soube informar quando as atividades seriam retomadas.

 

A fábrica tem capacidade para produzir 115 toneladas por dia de produtos enlatados e 10 toneladas de "beef jerky". Segundo a mídia uruguaia, sob a direção do Marfrig, a planta exportou o equivalente a mais de US$ 6 milhões em carnes processadas.

 

Antes de ser arrendada pelo grupo brasileiro, a fábrica estava parada havia quatro meses. Mas a notícia de que, com o Marfrig, voltaria a exportar carne enlatada para a Europa e para os EUA correu o mundo. No passado, a histórica fábrica pertenceu aos ingleses da Anglo Meatpacking e abasteceu gerações de europeus e americanos durante a Segunda Guerra e por várias décadas depois, até encerrar as atividades nos anos 70. Até o Príncipe Charles guarda nas memórias da infância o sabor da carne enlatada em Fray Bentos - cidade então apelidada de "A cozinha do mundo" -, conforme relatou o herdeiro do trono britânico em uma visita ao Uruguai em 1999.

 

No Uruguai, o Marfrig é dono de três frigoríficos e é líder no abate e também na exportação de carne bovina. Recentemente, anunciou a intenção de captar US$ 60 milhões com a emissão de bônus no Uruguai.

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


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