Europeus flexibilizam regra para Cota Hilton, dizem exportadores

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Os exportadores brasileiros de carne bovina conseguiram flexibilizar as regras da União Europeia para a Cota Hilton. A mudança vai permitir que os frigoríficos aumentem as exportações por meio desse regime, no qual a margem de lucro é maior. A informação é do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Roberto Giannetti da Fonseca, que esteve reunido dois dias com representantes europeus em Bruxelas.

 

A Cota Hilton é uma parcela de exportação de carne bovina sem osso, de alta qualidade e valor, que a União Europeia outorga anualmente a países produtores e exportadores. A Argentina é o país que tem maior participação na cota, com cerca de 28 mil toneladas anuais.

 

Segundo Giannetti da Fonseca, a União Europeia aceitou que o Brasil exporte carne bovina de gado confinado e não apenas de gado criado no pasto, conforme prevê as regras atuais. O executivo informou que o Brasil vai certificar o gado e garantir que os animais foram alimentados apenas com ração vegetal, produzida a partir de farelo de soja e milho.

 

A restrição originalmente imposta aos animais criados em confinamento deve-se ao medo da doença popularmente conhecida como vaca louca, que dizimou rebanhos europeus nos anos 1990. A doença afetou principalmente o gado criado em cocho, que se alimentava de rações produzidas a partir de restos de animais. O Brasil, onde grande parte do rebanho é criada no pasto, nunca registrou um caso da doença.

 

"É um grande dia para os exportadores de carne bovina", disse Giannetti da Fonseca por telefone, pouco antes de embarcar de Bruxelas para o Brasil. No fim de maio, o Brasil conseguiu dobrar o volume da Cota Hilton de 5 mil para 10 mil toneladas. Foi uma compensação oferecida pela União Europeia após a entrada de Romênia e Bulgária no bloco.

 

Leite

 

O grupo de alto nível criado há uma semana em Bruxelas para analisar a crise do setor do leite já tem definido um calendário mensal de trabalho, que inclui reuniões com as partes interessadas, sobretudo os produtores. O primeiro encontro foi na terça-feira e os próximos estão marcados para os dias 10 de novembro e 8 de dezembro.

 

Na sua primeira reunião, o grupo (HLG, na sigla) debateu uma série de questões: a necessidade de haver contratos formais entre produtores e transformadores de leite, como garantir um tratamento igual aos produtores e que papel devem ter as organizações do setor.

 


Veículo: DCI


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