O aquecimento do mercado interno contribuiu para que inadimplência das empresas registrasse o menor recuo (15,3%) em abril na comparação com março, segundo levantamento do Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas, reportado nesta segunda-feira (31). O declínio no período é o maior desde 2004, quando houve queda de 15,1%.
De acordo com a pesquisa, as dificuldades dos negócios estão diminuindo em decorrência do mercado interno aquecido, que gera receitas suficientes para honrar os compromissos atuais e resgatar as pendências passadas. O estudo destaca que o decréscimo também foi influenciado pelo efeito calendário (abril teve 3 dias úteis a menos que março).
No 1º quadrimestre de 2010, em comparação com o mesmo período de 2009, a queda na inadimplência das empresas foi de 9,0%, sendo também a maior queda nesta relação desde 2004/2003, quando o recuo havia sido de 17,8%.
Na comparação de abril de 2010 com abril de 2009, por sua vez, a inadimplência das empresas registrou recuo de 6,5%. Foi o menor percentual na comparação anual desde abril de 2004. No quarto mês daquele ano, a diminuição foi de 22,2% ante abril de 2003.
Vale ressaltar que 2004 foi um período favorável para a economia brasileira, ano em que o PIB cresceu 5,7%, o crédito com recursos livres para as empresas evoluiu 16,6%, com baixa inadimplência, que regrediu 19,4% sobre 2003.
Destacam-se que as comparações com 2009 confrontam duas conjunturas econômicas distintas: o atual vigoroso crecimento da economia com os primeiros sinais de saída da crise financeira, a partir do quarto mês do ano passado.
A decomposição do indicador mostra que a queda na inadimplência das empresas em abril foi puxada pelo menor volume de títulos protestados (-22,1%), que contribuiu com recuo de 8,9% na variação mensal. Os cheques devolvidos por falta de fundos (CCF), recuando 18,4% no mês de abril, deram a segunda maior contribuição, com recuo de 6,8%.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ