Cesta básica encarece R$ 1,14 em julho

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O preço da cesta básica na região manteve-se praticamente estável em julho, com variação positiva de 0,33 % - o que significa acréscimo de R$ 1,14 no bolso dos consumidores em relação ao mês anterior.

 

Por isso, o custo médio da cesta (composta por 34 itens de necessidade básica) passou de R$ 344,55 para R$ 345,69, de um mês para outro, segundo pesquisa da Craisa (Companhia de Abastecimento Integrado de Santo André).

 

O único grupo a apresentar alta no mês passado foi o de alimentos industrializados, com reajuste de 1,70%. Os demais, de higiene pessoal, limpeza doméstica e de hortifrutigranjeiros, apontaram queda de 1,28%, 0,98% e 5,48%, respectivamente.

 

Itens como o tomate e a batata puxaram o valor da cesta básica para baixo, com quedas de 19,20% e 15%. "No caso do tomate - que nos últimos meses registrou R$ 4 o quilo -, aponta queda já que no inverno o consumo é menor. Hoje, o quilo está a menos de R$ 2", conta Fábio Vezzá De Benedetto, engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pelo levantamento.

 

Na contramão, o pacote de 500 gramas de farinha de mandioca torrada lidera o ranking dos produtos mais caros durante julho.

 

"Nesse caso, o aumento não é causado por nenhum fenômeno climático ou de safra, mas pela concorrência entre os super e hipermercados, que fixam valores de acordo com o público da unidade de compras", explica Benedetto. Segundo ele, o preço dos pacotes variam entre R$ 1 e R$ 1,60.

 

Em seguida, o quilo da carne bovina de primeira é o item que mais pesa no carrinho do consumidor, cuja alta foi de 10,86%. Nesse caso, a explicação é que estamos em período entressafra. Devido aos dias secos e frios, no inverno o pasto fica prejudicado e a alimentação do gado fica por conta, quase que exclusiva, da ração.

 

"Isso gera custo adicional para o produtor, que repassa ao preço final do produto, chegando aos bolsos dos consumidores do Grande ABC. Chamamos esse período de safra das carnes, por ser sazonal", enfatiza o engenheiro agrônomo da Craisa.

 

A combinação feijão com arroz ficou praticamente balanceada em julho. Enquanto o quilo do grão teve reajuste de 3,70%, o pacote de cinco quilos do cereal apresentou queda de 3%.

 

No caso do feijão, a alta é justificada pela falta do item nos mercados. Como o grão estava muito barato no início do ano, o produtor não encontrou vantagens para mandar o item para São Paulo e acabou vendendo nas proximidades de onde é produzido. Com isso, faltou o produto nos mercados e o preço se elevou, explica o diretor da Bolsa de Cereais de São Paulo, Rui Roberto Russomano.

 

Veículo: Diário do Grande ABC


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