O Índice Geral de Preços - Mercado (IGPM) apresentou alta de 0,15% em julho, mantendo a tendência de queda observada em junho, quando houve alta de 0,85%, após avanço de 1,19% em maio. Tanto os preços no atacado quanto no varejo contribuíram para essa desaceleração, mas a maior contribuição veio pelo arrefecimento na alta dos produtos industriais no atacado. Nos 12 meses encerrados em julho houve expansão de 5,79% no indicador, enquanto o acumulado do ano apresenta alta de 5,85%.
A pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), subiu 0,20%, ante variação de 1,09% em junho. Dentro deste indicador, a forte contribuição veio dos preços industriais, cuja alta foi de 1,39% em junho para 0,18% em julho, enquanto nos preços agrícolas a alta de 0,15% do mês anterior deu lugar a uma alta de 0,28% em julho.
A LCA Consultores observou que nesse movimento de perda de fôlego da inflação industrial preponderaram as quedas de metalurgia básica, produtos químicos e máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Para os próximos meses, na avaliação da Rosenberg Associados, a expectativa é que "os preços industriais se mantenham no campo positivo, com as atenções voltando-se aos preços de siderurgia e maquinário (que tendem a repassar os aumentos de custo por conta da alta do minério de ferro)". Para a consultoria, no entanto, "as oscilações do câmbio podem contrabalancear esses impactos".
Já para os preços agrícolas, a sazonalidade de alguns produtos como carnes bovinas e café, pode puxar um pouco os preços para cima, mas abaixo do que ocorreu no começo do ano.
Respondendo por 30% do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve deflação de 0,17% em julho ante queda de 0,18% em junho. Alimentação caiu 1,05%, ante diminuição de 1,36% em junho. A variação no componente foi influenciada especialmente pela categoria de frutas, que saiu de queda de 0,56% em junho para avanço de 1,33% em julho.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10%, apresentou avanço de 0,62%, ante avanço de 1,77% no mês anterior. (Agências noticiosas)
Veículo: Valor Econômico