Brasil é o país campeão de preços altos, diz estudo

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IBPT atribui diferença a tributos e custo maior

 

Você sabia que o brasileiro tem uma das dores de cabeça mais caras do mundo?
É o que indica o preço pago no país pela aspirina -em comparação com o valor cobrado pelo mesmo produto no exterior.

 

A caixa com 40 comprimidos do medicamento -um dos mais populares para o tratamento desse mal- sai no Brasil por R$ 45, em média, segundo levantamento feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).

 

O preço é quase quatro vezes o praticado na Argentina e o triplo do cobrado nos Estados Unidos e na China (veja quadro ao lado).
Também é mais de uma vez e meia o observado na Alemanha -o único país da pesquisa que tem carga tributária ligeiramente maior que a brasileira.

 

"Além dos impostos, os custos de produção -que envolvem gastos com matéria-prima, mão de obra e logística- pesam na composição de preços. E esses custos no Brasil são muito altos", diz Letícia do Amaral, vice-presidente do IBPT.
A diferença de valores é gritante em produtos com os mais variados graus de necessidade para o consumidor -sem esquecer, claro, que o conceito de urgência é sempre relativo.

 

Uma geladeira no mercado doméstico é quase uma vez mais cara que na Argentina. Assim como uma camisa da grife Lacoste.
E, no país vizinho, um automóvel Toyota Corolla XEI 2.0 sai por 62% do valor cobrado no Brasil.
"Impressiona constatar que estamos em um país com os preços mais altos entre os pesquisados e com uma das menores médias de renda por habitante", diz a vice-presidente do IBPT.
"É por isso que as pessoas que podem preferem comprar produtos quando viajam para o exterior. Mesmo com o imposto de importação, acaba compensando."

 

 

Veículo: Folha de S.Paulo


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