O otimismo do consumidor brasileiro teve um ligeiro recuo em setembro ao atingir 118,3 pontos. Segundo o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a queda de 0,8% na comparação mensal interrompeu uma série de quatro meses de avanço do indicador.
Apesar do recuo, o Inec ainda permanece alto. Números acima de 100 indicam expectativa positiva. De acordo com a CNI, a leve queda pode ser explicada pela percepção negativa dos consumidores em relação à inflação e ao desemprego.
Com relação à inflação, o índice caiu 3,2%, para 124,2 pontos. O desempenho não é tão ruim quando comparado com o mesmo período do ano passado. Na época, o INEC estava em 120,2 pontos. Neste ano, a CNI acredita que a alta nos preços dos alimentos tenha influenciado a percepção dos consumidores.
No caso do desemprego, a queda foi ainda maior. De agosto para setembro caiu de 143,8 pontos para 136,7 pontos. Ou seja, os consumidores esperam um aumento do desemprego. Já a entidade considera que houve uma acomodação ao aumento do índice no mês anterior.
Por outro lado, há uma tendência em gastar mais com bens de maior valor. A proximidade das festas de fim de ano, argumentou a CNI, levou ao crescimento dessa perspectiva, que passou de 112,1 pontos para 114,5 pontos. O fim de ano é marcado pelo período de maiores compras.
A pesquisa do Inec foi feita pelo Ibope com 3.010 pessoas em 191 municípios entre os dias 25 e 27 de setembro.
Veículo: Valor Econômico