Baixa inadimplência deve impulsionar vendas de Natal

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Cartão de crédito pode levar a atrasos 

 

O pagamento do 13º salário e comissões de venda e a disponibilidade de empregos temporários, bem como a oferta de crédito, são fatores que prometem impulsionar a compra de presentes para o Natal 2010. A afirmativa é de Zildo De Marchi, presidente da Fecomércio-RS, que espera um incremento de até 6% nas vendas. Segundo ele, a "situação confortável" das famílias gaúchas, com maior renda e mais crédito de longo prazo, no caso de bens duráveis, é o que mantém a expectativa positiva para o varejo no final do ano. O embasamento do presidente da Fecomércio-RS inclui os resultados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias Gaúchas relativa ao mês de outubro, divulgada ontem pela entidade. O estudo diz que a maioria da população está pagando suas dívidas regularmente. Somente 7% de uma parcela de 81% de entrevistados que informaram possuir algum tipo de débito disseram que não irão conseguir fazer os pagamentos em dia. "É um percentual de dificuldade baixo, além disso, as dívidas podem ser renegociadas, com novos prazos e valores", destaca De Marchi.

 

O indicador que demonstra a adimplência dos gaúchos na pesquisa questiona sobre o atraso em algum dos pagamentos: somente 24% dos entrevistados acreditam atrasar alguma de suas parcelas. Este é o menor percentual registrado desde que o estudo foi lançado, em janeiro deste ano. Para o dirigente, a principal orientação que a pesquisa oferece aos empresários é que o risco de inadimplência é muito pequeno neste momento. "Não temos indícios de que o consumo atual esteja desmedido ou fora das possibilidades das famílias", avalia De Marchi. Ele ressalta que, seja para o parcelamento de casa, do carro ou de bens duráveis, a inadimplência total não chega a 2% entre os entrevistados.

 

"Há no cartão de crédito um pouco mais de problemas referentes ao pagamento em dia. Em contrapartida, alguns carnês são extremamente generosos", avalia, destacando que nos setores de alimentação, vestuário e de medicamentos, os lojistas estão oferecendo prazos mais esticados, facilitando a compra. "Isso estimula as vendas, e só é possível pois o setor financeiro está com muita liquidez, podendo oferecer créditos vinculados e com juros compensadores para os lojistas", explica.

 

Realizada pela Confederação Nacional do Comércio, a pesquisa constatou que das famílias que irão comprometer 50% ou mais da renda com dívidas, a variação se encontra baixa (7,1%), o que sinaliza compras mais racionais e dentro das possibilidades da população. O estudo sinaliza que o cartão de crédito está na dianteira em relação às formas mais comuns de se contrair ou financiar dívidas, sendo recorrido por 59,6% dos entrevistados. Na sequência, aparecem carnês (53,3%), crédito pessoal (23,2%), cheque especial e outras dívidas (4,5%) e financiamento de carro (3,9%). 

 

Veículo: Jornal do Comércio - RS


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