O Índice do Custo de Vida (ICV) ficou em 1,04% em novembro, superando em 0,11 ponto percentual a taxa de 0,93% registrada em outubro, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgados ontem.
O avanço do ICV reflete especialmente o comportamento dos grupos alimentação, que avançou 2,81% em novembro, e transporte, que registrou aumento de 0,61% no período.
No grupo de alimentos, o Dieese destaca a alta de 11% da carne bovina, que acumula avanço de 26,12% em quatro meses. Outros produtos do grupo que subiram com força foram as frutas (6,09%), com destaque para o reajuste do abacate (quase 40%) e da uva (mais de 11%). E no subgrupo aves e ovos, o Dieese calculou um encarecimento de 3,35% para os produtos do primeiro item. Já em transporte o aumento das despesas teve influência mais acentuada do reajuste no segmento de combustíveis (1,49%), especialmente do álcool (3,84%).
Na área de habitação, a alta de 0,40% foi motivada especialmente pelo subgrupo locação, impostos e condomínio (1%), devido, principalmente, ao aumento da locação (1,34%) e do IPTU (2,22%). A taxa de 0,35% na área de saúde deve-se à variação no subgrupo da assistência médica (0,43%).
O Dieese também calcula o ICV por estrato de renda. Para as famílias mais pobres, a inflação foi de 1,17%, em comparação com a taxa de 0,93% calculada para as famílias mais ricas. No acumulado de janeiro a novembro, o ICV apresenta alta de 6,23%.
Veículo: Valor Econômico