Setor de alimentos vê 2011 sem entusiasmo

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As grandes fabricantes de alimentos dos Estados Unidos estão abordando 2011 com cautela, à medida que a fraqueza da economia tem forçado várias empresas a reduzir suas expectativas de lucros ou divulgar previsões desanimadas.

 

A pressão é mais intensa para o setor de alimentos, que depende de vender seus produtos nas prateleiras centrais dos supermercados, onde os descontos têm sido pesados nos últimos meses. Ontem, a ConAgra Foods Inc. se tornou a maior fabricante de alimentos a sinalizar uma cautela mais acentuada para os próximos meses.

 

A empresa afirmou esperar que o lucro por ação tenha alta na faixa mais baixa de um dígito, enquanto seus custos com commodities sobe mais do que havia projetado e os consumidores reduzem suas compras. O pagamento antecipado de dívida da ConAgra também levou à redução da previsão.

 

A ConAgra havia previsto anteriormente que seu lucro por ação cresceria de 5% a 7% no ano fiscal que termina em 31 de maio.

 

Em novembro, a Campbell Soup Co. esfriou suas previsões de crescimento. Ela cortou de 7% para 4% a expectativa máxima de alta do lucro no ano fiscal de 2011. A Kellogg Co. também emitiu recentemente projeções desanimadoras para 2011. A gigante de cereais afirmou que espera que o faturamento e os lucros por ações tenham alta na casa de um dígito, enquanto a quantidade de alimentos que vende e seu lucro operacional ficarão praticamente sem crescimento este ano.

 

As empresas de alimentos iniciaram o ano achando que a situação estaria melhor a esta altura. Executivos da H.J. Heinz Co. e da Kraft Foods Inc. indicaram este ano que a venda de quantidades maiores de seus produtos iria puxar o crescimento do faturamento e dos lucros.

 

Veículo: Valor Econômico


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