Porto Alegre está entre as cidades com menores altas no preço da cesta básica

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O custo da cesta básica aumentou em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese em 2010. Em 14 delas, os aumentos foram superiores a 10%, com destaque para Goiânia (22,90%), Recife (19,96%) e Natal (18,14%). Em São Paulo, a cesta básica ficou 16,20% mais cara no ano passado. As menores altas, por sua vez, foram registradas em Aracaju (3,96%), Brasília (5,15%) e Porto Alegre (6,13%).

 

Quatro itens - carne bovina, leite, feijão e açúcar - apresentaram elevações de preços em todas as 17 capitais no ano passado. O feijão chegou a subir 99,04% em Goiânia, capital em que a carne também teve a maior alta, de 44,65%.

 

Apenas em dezembro, o preço da cesta básica aumentou em 9 das 17 capitais pesquisadas. Natal, com alta de 6,78%, e Curitiba, onde o aumento foi de 2,05%, apresentaram as maiores variações. Já as baixas mais significativas ocorreram em Salvador (recuo de 4,24%) e em Aracaju (queda de 2,17%).

 

Em São Paulo, a cesta básica ficou apenas 0,20% mais cara na comparação com novembro, mas seu custo, de R$ 265,15, é o mais elevado do País. O valor está R$ 13 acima da segunda colocada, que é Manaus. Apenas em Aracaju e João Pessoa o preço da cesta básica é inferior a R$ 200, custando R$ 175,88 e R$ 194,24, respectivamente.

 

Tomando como referência o preço da cesta básica em São Paulo, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência deveria ter sido, no mês passado, de R$ 2.227,53. O valor corresponde a 4,37 vezes o mínimo em vigor em dezembro, de R$ 510, e supera os R$ 2.222,99 calculados para novembro e os R$ 1.995,91 para dezembro de 2009.

 

O Dieese calcula também que a jornada de trabalho necessária para a compra dos alimentos essenciais por um trabalhador que ganha salário mínimo foi, na média das 17 capitais, de 98 horas e 11 minutos em dezembro, praticamente o mesmo tempo registrado em novembro, de 98 horas e 12 minutos, mas quase três horas a mais que o tempo estimado para dezembro de 2009, de 95 horas e 20 minutos.

 


Veículo: Jornal do Comércio - RS


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