Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior (Mdic) apontam que o principal polo econômico do País já compra mais produtos e serviços do exterior do que vende os mesmos para outros países.
Em contrapartida, outros estados do sudeste do País surpreendem e no acumulado de 2011, até maio, apresentam os maiores saldos comerciais.
Nos primeiros cinco meses de 2011, Minas Gerais com US$ 10,483 bilhões, seguido do Pará (US$ 5,790 bilhões), Rio de Janeiro (US$ 3,727 bilhões), Mato Grosso (US$ 3,469 bilhões) e Espírito Santo (US$ 1,856 bilhão) foram os estados que tiveram os maiores saldos positivos na balança comercial.
No sentido oposto, os estados mais deficitários, no período, foram: o polo econômico brasileiro, São Paulo com US$ 10,770 bilhões, seguido do Amazonas (US$ 4,603 bilhões), Santa Catarina (US$ 2,198 bilhões), Pernambuco (US$ 1,366 bilhão) e Maranhão (US$ 806 milhões).
Mesmo com o déficit no saldo comercial, o maior exportador, no acumulado do ano, permanece sendo São Paulo com US$ 21,769 bilhões, acompanhado por Minas Gerais (US$ 15,180 bilhões) e Rio de Janeiro (US$ 10,928 bilhões). Em seguida, aparecem Rio Grande do Sul (US$ 7,291 bilhões) e Paraná (US$ 6,487 bilhões). Na comparação com o mesmo período de 2010, a maioria dos estados brasileiros aumentou as exportações, com exceção de Rio Grande do Norte (-25,63%), Piauí (-24,38%), Amazonas (-22,28%), Maranhão (-19,64%), Pernambuco (-10,88%), Paraíba (-7,78%) e Rondônia (-2,09%).
O déficit no saldo de São Paulo, deve-se às importações de US$ 32,540 bilhões no mesmo período. Os demais estados líderes em compras do exterior são: Rio de Janeiro (US$ 7,201 bilhões), Paraná (US$ 6,940 bilhões), Rio Grande do Sul (US$ 6,139 bilhões) e Santa Catarina (US$ 5,686 bilhões). Os estados que apresentaram variação negativa para as importações no comparativo com os primeiros cinco meses do ano passado foram: Piauí (-59,52%), Rio Grande do Norte (-50,20%), Distrito Federal (-42,11%) e Tocantins (-14,38%).
A análise do DCI por regiões apontou que três regiões brasileiras fecharam os primeiros cinco meses do ano com saldos positivos na balança comercial.
A Região Sudeste teve o maior superávit no período, com US$ 5,296 bilhões, seguida pelas Regiões Centro-Oeste (US$ 3,245 bilhões), Norte (US$ 1,599 bilhão). Já as demais regiões registraram déficits de US$ 1,499 bilhão, na Região Sul, e de US$ 1,388 bilhão na Região Nordeste.
Em valores absolutos, a Região Sudeste foi a que mais exportou no período (US$ 53,786 bilhões), com alta de 33,53% na comparação com o mesmo período de 2010 e com participação de 56,85% sobre o total vendido pelo País (US$ 94,614 bilhões).
As exportações da Região Norte foram as que mais cresceram no comparativo entre os primeiros cinco meses de 2011 e os de 2010, com expansão de 80,30%. O norte exportou US$ 7,336 bilhões, o que representou 7,75% das vendas do país no período.
A Região Sul vendeu US$ 17,267 bilhões, com aumento de 25,27% sobre o mesmo período do ano passado e com participação de 18,25% nas exportações brasileiras. Na Região Centro-Oeste houve crescimento de 24,39% no comparativo das vendas ao mercado externo, que somaram US$ 7,966 bilhões e tiveram participação de 8,42% no acumulado do ano. Os embarques da Região Nordeste (US$ 6,903 bilhões) corresponderam a 7,3% do total exportado pelo País e tiveram aumento de 5,39% na comparação com 2010.
Quanto às importações, o sul foi a região que registrou a maior expansão em comparação com os primeiros cinco meses de 2010 (33,74%), com compras no valor de US$ 18.767 bilhões. Em seguida, aparece o sudeste, com aumento de 29,6%, e aquisições de US$ 48,489 bilhões. O nordeste teve alta de 27,51% nas importações e somou US$ 8,292 bilhões em compras. Já o norte comprou US$ 5,736 bilhões, com aumento de 26,39% em relação a janeiro e maio de 2010. No centro-oeste (US$ 4,721 milhões), o crescimento foi de 19,66%.
Veículo: DCI